A direção da indústria farmacêutica EMS e os órgãos públicos ainda não têm uma data definida para o retorno às suas residências dos cerca de 60 moradores que tiveram que abandonar suas casas às pressas no último sábado, em decorrência do incêndio de grandes proporções que destruiu um dos galpões da empresa de medicamentos, em Hortolândia.
Vizinhos à fábrica, muitos moradores da Rua Barão de Itapura estão hospedados em um hotel da cidade, com despesas pagas pela EMS. Outros vizinhos, que tiveram suas casas tomadas pela fumaça e fuligem nos bairros no entorno da fábrica, foram para a casa de familiares. Alguns retornaram ontem para a limpeza dos imóveis, ou para retirar pertences.
Segundo a Defesa Civil de Hortolândia, os imóveis localizados nas proximidades da empresa foram vistoriados e nenhum dano nas estruturas foi constatado.
Após o término dos trabalhos do Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil liberará os imóveis para os moradores retornarem suas residências. Antes, no entanto, a EMS ficará responsável pela limpeza de todas as casas. Por isso, ainda não há definição sobre a data de retorno das famílias.
Enquanto isso, ontem continuava o trabalho de rescaldo do Corpo de Bombeiros no setor de almoxarifado, uma área de 12 mil metros quadrados que foi arrasada pelas chamas. De acordo com cálculos da empresa, cerca de 20% da empresa foi atingida pelo fogo. Ainda estão sendo apuradas as causas do sinistro. O valor dos prejuízos também não foi estimado ainda. No momento do acidente, por volta das 11h30 de sábado, haviam cerca de 400 pessoas na fábrica. Todas foram retiradas rapidamente pela Brigada de Incêndio e não houve feridos.
Em nota oficial no domingo, a EMS informou que “investiga as causas e monitora o cenário junto ao Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, tendo oferecido assistência necessária às famílias que tiveram as casas atingidas por fumaça”.
A Prefeitura de Hortolândia informou ontem, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que a Administração acompanha as condições de segurança da EMS, por meio de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), realizado anualmente.
A maior parte dos cerca de 3 mil funcionários da empresa começou a voltar ao trabalho ontem. Cerca de 30% da produção de medicamentos ainda não será retomada, afetada pela área que pegou fogo. De acordo com a empresa, não haverá prejuízos no fornecimento de medicamentos ao mercado, uma vez que os estoques da empresa, em Jaguariúna, garantem atendimento das demandas por pelo menos dois meses.