Nova modalidade de transações financeiras, que completou um ano em novembro, “cai no gosto” popular, tem alta adesão, ganha elogio de comerciantes e já responde por mais de 70% das operações bancárias, diz BC
Americana e Santa Bárbara operam, em média, R$ 1 milhão por hora por meio do novo sistema tecnológico. Os dados foram obtidos pelo TODODIA junto ao Banco Central do Brasil.
Para se ter ideia, esse volume operado é mais que o dobro do PIB (Produto Interno Bruto) de Nova Odessa, que é o total de riquezas produzido pelo município.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes a 2018 apontam que o PIB novaodessense é de R$ 3,5 bilhões.
Os americanenses alcançaram a marca dos R$ 5,7 bilhões em transações por Pix nos 11 meses completos de 2021, com 7,7 milhões de pagamentos e transferências realizadas.
O mês de maior movimentação financeira na cidade foi em outubro, quando foram pagos ou transferidos R$ 795,4 milhões via Pix.
Os barbarenses, por sua vez, utilizaram R$ 2,9 bilhões com o Pix, por meio de 5 milhões de operações no ano. Outubro também foi o período com maior movimentação: R$ 485,2 milhões.
COMÉRCIO ELOGIA
Para o presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana), Wagner Armbruster, a existência do Pix dinamizou o comércio.
“De um modo geral, essa novidade trouxe confiabilidade nas relações, conduzindo os empresários a terem um acesso menos demorado ao resgate da sua vida econômico-financeira com o mercado consumidor. E ao lado da questão da segurança nas transações, percebe-se que a nova modalidade facilita as relações, tornando-as mais tranquilas e verdadeiras”, disse.
Ele pontuou a rápida e fácil adesão da maioria dos cidadãos à tecnologia e destacou que o PIX fez com que consumidores superassem o momento da dúvida nas relações de consumo.
“Não temos nenhum relato negativo desta relação entre consumidor e mercado empresarial. O que precisa ficar claro ao consumidor com todas as modalidades de compra é estar atento para não cair em golpes, que aumentaram e estão enganando a muitos. Uma boa orientação que passamos aos consumidores é que chequem se as lojas que ofertam produtos têm endereço fixo e se de fato existem. Quem faz transferência apenas com base em uma página da Internet pode estar caindo em golpes”, alertou.
O presidente da Acisb (Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara d’Oeste), João Batista de Paula Rodrigues, falou da “ótima opção” para o comércio.
“É uma ferramenta de grande importância, ótima, ficou tudo prático, ágil e seguro. As operações são precisas e sem problemas”, disse.
Na oficina, metade é Pix
Proprietário de uma oficina mecânica em Americana, o empresário João Roberto Garcia, de 49 anos, enfatizou as facilidades da tecnologia e que 50% de seus clientes pagam os serviços com Pix.
“Agilizou bastante pra gente, criou facilidade para clientes e comerciantes. Hoje, 50% dos clientes pagam com Pix e nós pagamos os nossos fornecedores todos com Pix”, disse.
Garcia ainda lembrou da economia gerada ao bolso dos correntistas, uma vez que não precisa mais pagar taxas para efetuar DOCs e TEDs. Em alguns bancos, a realização de TEDs custa mais de R$ 14 por operação
Sistema faz um ano e já responde por 72% das operações
No dia 16 de novembro, o Pix completou um ano de operação, com números substancias de pagamentos no Brasil.
Conforme o Banco Central, operações com Pix ultrapassaram as transações de DOC e TED, juntas, assim como já deixaram os boletos para trás.
No fim de outubro, o Pix já correspondia a 72% das operações, considerando TED, DOC, TEC, boleto e cheque. No país, são mais de 348 milhões de chaves cadastradas, informou o Banco Central.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que o Pix “caiu no gosto” da população e a utilização do sistema cresce a cada mês.
Neto salientou que as expressões ‘me faz um Pix’ ou ‘aceita Pix?’ já fazem parte da rotina do brasileiro.