Um frigorífico clandestino, com três câmaras frias, foi descoberto pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) em um depósito de bebidas na Rua Antônio Campana, no Bairro Progresso, em Americana, na noite desta quinta-feira (13).
Apuração posterior aponta que 10 toneladas de carne estavam armazenadas para venda. O proprietário do depósito e um funcionário foram presos em flagrante e responderão por crimes contra o consumidor.
O dono do local foi solto dias depois. Uma terceira pessoa, apontada como responsável pelo fornecimento da carne, não foi localizada, mas já foi identificada pela polícia.
De acordo com a Polícia Civil, os pacotes de carne encontrados nas câmaras frias estavam vencidos e alguns já apresentavam sinais de decomposição.
Os envolvidos no esquema utilizavam produtos químicos, como acetona, detergente, sal e outras substâncias, para “lavar” a carne. Depois, o produto era reembalado e tinha a data de validade remarcada.
“Inicialmente, começamos a apuração de uma denúncia sobre drogas, mas, ao chegarem ao estabelecimento, os policiais encontraram uma grande quantidade de carne, muitas peças já em estado de putrefação, que depois eram comercializadas”, explicou a delegada Regina Aparecida Castilho Cunha, responsável pela Dise.
Segundo ela, em outro cômodo, as carnes eram preparadas e moídas com equipamentos sem condições adequadas de higiene; algumas ainda estavam com sangue.
A delegada acrescentou que a Polícia Civil tentará identificar outros envolvidos no esquema. Até a publicação desta matéria, os investigados não tinham advogados constituídos.
A perícia do IC (Instituto de Criminalística) de Americana esteve no local para realizar a análise. O estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária.