Mesmo com saldo 22% menor na região, Hortolândia foi a cidade que mais contratou
A geração de empregos em Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia registrou queda de 22,8% em junho deste ano comparado ao mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O saldo entre trabalhadores admitidos e desligados das empresas da região no último mês foi de 1.284 pessoas. Em junho do ano passado, porém, o saldo foi de 1.664.
Em Americana, a geração de emprego diminuiu 60% entre junho do ano passado e deste ano. Este ano, foram 3.622 admissões e 3.330 desligamentos, resultando em um saldo de 292 vagas. Esse número é menor que o de 2021, quando o município obteve saldo de 739 postos de trabalho.
A cidade com maior destaque na geração de empregos em junho foi Hortolândia, com aumento de 200% em comparação a junho do ano passado. O município somou 438 novos empregos formais, 292 contratações a mais que as 146 no mesmo período do ano anterior.
Nova Odessa também teve alta na criação de empregos: o saldo de 361 novos vínculos registrou aumento de 165% em comparação a junho de 2021, quando a cidade teve saldo de 136 empregos.
165% em comparação a junho de 2021, quando a cidade teve saldo de 136 empregos.
Junto a Americana, Santa Bárbara e Sumaré contribuíram para a baixa de novos empregos no último mês em comparação ao ano anterior. Santa Bárbara registrou diminuição de 33% nas contratações entre os dois períodos levantados. No último mês, a cidade teve saldo de 131 vínculos, menor que os 198 empregos criados em 2021.
Sumaré também teve baixa na criação de empregos, com diminuição de 86% entre os novos empregados de 2021 e 2022. Neste ano, o saldo foi de 62 postos de trabalho em junho. No mesmo período do ano passado, a cidade gerou 445 novos empregos.
De acordo com o economista Bruno Pissinato, professor de economia na Unimep e mestre em Economia Aplicada pela Esalq/USP, o Índice de Confiança do Empresário Individual (ICEI/CNI) apresentou queda nesses dois últimos meses para o setor de Confecção de artigos de vestuário e acessórios, além dos produtos têxteis, que têm maior ênfase na região. “Isso implica num empresariado menos propenso a se arriscar produzindo e contratando pessoas”, comentou.
O economista apontou também que a inflação não deixou de ter impacto nos preços ao consumidor, o que torna menos propensa a ida ao comércio.
“As dificuldades de obtenção de matérias primas, tecidos fibras e algodão, inclusive com preços em alta no mercado externo é um grande percalço. Menos insumos de produção, menos necessidade de mão de obra”, explicou. O professor ainda pontuou que os impactos das matérias primas altas, especialmente do algodão e energia elétrica, abalam as contratações na linha de produção.