A vereadora Maria Giovana (PDT) apresentou nesta semana sua manifestação no processo movido pelo prefeito Omar Najar (MDB) contra ela por conta de declarações feitas pela parlamentar durante a última sessão da Câmara antes do início da campanha eleitoral, em setembro. Na ação, ela confirmou as acusações que fez na sessão e alegou “imunidade parlamentar”. Omar não comentou.
A ação de pedido de explicação foi movida por Omar ao lado do secretário de Saúde, Gleberson Miano, e do superintendente da Fusame (Fundação de Saúde de Americana), José Carlos Marzochi, já que, em suma, em sua fala na Câmara, Giovana afirmou que existe corrupção no governo municipal, sobretudo na Saúde.
Às vésperas da campanha para prefeita, Giovana criticou na sessão o fechamento de unidades de saúde e citou que Americana não teria investido todo o valor recebido para o combate à Covid-19.
“O que eu vou justificar pro povo de Americana que talvez esse dinheiro esteja indo pro bolso de político corrupto, porque se não há explicação, pode tudo”, disse Giovana na sessão.
Diante das declarações, à época tratadas pela prefeitura como “afirmações falsas”, o trio entrou na Justiça pedindo explicações à parlamentar. Eles elencaram seis questionamentos à vereadora com base no discurso dela e classificaram o episódio como um “inaceitável ataque”.
No processo, eles dizem que, caso as respostas apresentadas por ela não fossem satisfatórias, ela poderia ser alvo de ação de crime contra a honra.
POSIÇÃO
Giovana protocolou sua resposta à ação nesta quinta-feira (3). Ela cita que presidiu a CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Saúde, onde teria apurado irregularidades no setor e escreve que “reafirma e ratifica” as declarações feitas na sessão.
“Diante de ausência de prova conclusiva a respeito do envolvimento pessoal e individual das autoridades subscritoras do presente Pedido de Explicações, a Peticionária deixou de individualizar qualquer responsabilidade para não agir de maneira imponderada, sem, contudo, deixar de cumprir sua obrigação parlamentar de fiscalização da correta aplicação dos recursos públicos”, traz o texto da defesa de Giovana.
E concluiu dizendo que tem imunidade parlamentar para fazer tais declarações e que se ateve, no discurso, somente a fatos apurados pela comissão que poderiam configurar atos de corrupção.
Questionado via assessoria de imprensa, o prefeito não comentou o posicionamento da vereadora.