Geasiel Ferreira da Silva, de 35 anos, morreu afogado na tarde desta quarta-feira (12), ao tentar salvar sua cachorrinha que havia caído no Rio Jaguari, no bairro Monte Verde, em Americana. O caso mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, que auxiliaram no isolamento da área e nas buscas pelo corpo da vítima.
De acordo com testemunhas, o homem descansava às margens do rio na companhia de amigos e do animal de estimação, quando a cachorra pulou na água. Ao tentar resgatá-la, ele conseguiu salvar o animal, mas acabou sendo levado pela correnteza e desapareceu logo em seguida, após pedir socorro.
Busca rápida
As equipes de resgate foram acionadas e iniciaram imediatamente as buscas subaquáticas. O primeiro-tenente Magnum Felipe Pires Alves Pereira, responsável pela operação, explicou que o trabalho foi conduzido com base em técnicas de mergulho de segurança pública.
“Demarcamos o ponto inicial para o mergulho, que correspondia ao último local onde a vítima havia sido vista, e iniciamos a operação de mergulho de segurança pública. Os mergulhadores, devidamente equipados, desceram ao fundo do rio, deram início às buscas e localizaram a vítima afogada”, afirmou o tenente.
O corpo foi encontrado horas depois, próximo ao ponto em que a vítima havia desaparecido.
“Aconteceu muito rápido”, relata amigo
O amigo da vítima, Renan Rodrigo, que estava no local no momento do acidente, contou que tudo aconteceu muito rapidamente.
“A gente desceu pelo meio do rio, acompanhando a correnteza, enquanto ele ficou mais próximo da margem. A cachorra dele acabou nos seguindo, e então ele entrou na água para tentar tirá-la. Só que, a partir de certo ponto, o rio já era fundo. Ele tentou nadar de volta, mas nós já estávamos cerca de 100 metros à frente. Aí aconteceu: ele não teve força para retornar. Ainda gritei para ele boiar, mas ele respondeu que não conseguia mais. Logo depois, uma menina gritou porque ele havia afundado e desaparecido. Nós então fomos para a margem, subimos e demos uma volta pela mata, mas realmente ele não estava mais lá”, relatou.
Local oferece riscos aos banhistas
O Corpo de Bombeiros destacou que o trecho do Rio Jaguari onde ocorreu o afogamento não é próprio para banho, apresentando riscos de correnteza, enroscos e desníveis.
“Aqui não é uma área própria para banho. Não temos serviço de prevenção, há correntezas, enroscos, então não é adequado. As pessoas não utilizam nenhum equipamento de segurança, como colete, e não há qualquer tipo de sinalização no local. Então, procurem áreas adequadas para banho, balneários, piscinas, para evitar esse tipo de ocorrência”, enfatizou o tenente.
Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre velório ou sepultamento.
