Enquanto a população de Hortolândia deve assistir ainda esse mês o início das obras do viaduto sobre a linha férrea que será custeado pela concessionária Rumo, responsável pela malha ferroviária do Estado, em Americana, o compromisso firmado em 2011 entre prefeitura e empresa – de construir um viaduto ao lado do Amadeu Elias – segue sem prazo definido para sair do papel.
Representantes da Rumo estiveram em Hortolândia e sinalizaram o início da topografia ainda em novembro. A obra na cidade custará cerca de R$ 40 milhões, que fazem parte de um pacote de R$ 6 bilhões em investimentos em segurança ferroviária que a Rumo fará em 45 municípios paulistas por conta da duplicação da linha. As obras só começaram a sair do papel depois de um acordo firmado com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que garantiu a renovação da concessão da malha paulista por mais 30 anos.
O cenário em Americana, porém, é bem diferente, o que motivou queixas do prefeito Omar Najar (MDB) essa semana. “Temos um protocolo que já foi reiterado, não é a primeira vez. Eles tinham falado que iam fazer, mas não foi colocado prazo. Agora estamos solicitando deles que nos informem o prazo, já que estão fazendo Hortolândia”, disse o prefeito em entrevista coletiva.
Enquanto isso, o Viaduto Amadeu Elias segue sobrecarregado diante do grande número de veículos que circulam por ele diariamente – sobretudo agora que ele tornou a funcionar nos dois sentidos.
O TODODIA questionou a Rumo sobre o caso de Americana, mas a resposta não cravou uma data para início das obras.
“Serão feitas quando for iniciada a duplicação da via férrea no município. O cronograma e os custos da obra do viaduto ainda serão definidos. Conforme previsto no contrato da renovação da concessão da Malha Paulista, a Rumo irá duplicar a linha férrea na região de Americana, e o prazo de conclusão total das obras está previsto para ocorrer até 2024”, informou a nota.
Em outubro, o Estado informou que a duplicação teria início em Americana somente em 2023, o que aponta que o Amadeu Elias continuará sozinho por mais algum tempo.
“A gente está insistindo com eles, afinal de contas, Americana é cortada ao meio pelo rio e a estrada de ferro. Precisamos resolver o quanto antes. Protocolamos uma carta na Rumo solicitando agilidade, porque a situação de Americana é difícil pelo número de veículos”, afirmou Omar.