sábado, 4 maio 2024
BEM-ESTAR ANIMAL

Hortolândia orienta tutores de gatos para ficarem atentos com a doença esporotricose

Principal sintoma são feridas que não cicatrizam e se espalham pelo corpo do animal infectado, que pode transmitir a doença para humanos
Por
Redação
Foto: Ilustrativa

Se você tem gato precisa estar atento com a saúde do seu bichano. Uma das doenças que pode acometer os felinos é a esporotricose. Para preveni-la, a Prefeitura de Hortolândia orienta os tutores sobre a enfermidade.

De acordo com a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), órgão da Secretaria de Saúde, a esporotricose é causada por um fungo, cujo nome científico é Sporothrix schenckii. O fungo é encontrado no solo, cascas de árvores, palhas, espinhos e vegetais em decomposição. A transmissão ocorre pelo contato com material vegetal contaminado.

Gatos que estejam contaminados também podem transmitir a doença para humanos. Os felinos adquirem a doença pelo contato com material vegetal ou outros animais contaminados. A UVZ reforça que somente gatos contaminados podem transmitir a doença para as pessoas. A esporotricose também pode acometer cães, mas isso é raro acontecer, segundo o órgão.

Nos gatos, o principal sintoma da esporotricose é o surgimento de feridas, principalmente na cabeça e nas patas, que não cicatrizam e se espalham pelo corpo. “Também pode ocorrer o aumento de volume na região do focinho, associado a sintomas respiratórios como espirros e secreção nasal”, alerta a veterinária da UVZ, Tosca de Lucca Benini Tomass.

Já em humanos, o sintoma mais característico é também o surgimento de feridas vermelhas que não cicatrizam e se formam enfileiradas. Também há aparecimento de ínguas. Outros sintomas são febre e dor nas articulações.

TRATAMENTO
A esporotricose tem cura, tanto para humanos quanto para gatos, por meio de tratamento. Gatos com a doença devem ser isolados e mantidos em local seguro até o fim do tratamento. O isolamento é necessário para evitar a transmissão da doença para outros animais e seres humanos.

A veterinária Tosca Tomass ressalta que o tutor deve usar luvas caso haja necessidade de tocar o gato. É necessário também desinfetar o local onde o gato contaminado ficará, bem como utensílios que estejam no espaço. A desinfecção deve ser feita com uma mistura de três partes de água para uma parte de água sanitária.

Caso o animal com esporotricose morra, ele deve ser cremado ou destinado à coleta de materiais infectantes disponibilizada pela UVZ e pelo DPBEA (Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal), órgão da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

PREVENÇÃO
A veterinária Tosca Tomass explica que a medida para prevenir a doença é usar luvas sempre que for ter contato com terra, madeiras ou atividades de jardinagem. Os objetos utilizados devem ser limpos e desinfetados.

Caso sejam constatadas feridas em um gato, a orientação é procurar um médico veterinário ou entrar em contato com a UVZ ou o DPBEA pelos telefones (19) 3897-5974 e (19) 3897-3312. Os dois órgãos estão localizados na rua Atanázio Gigo, 60, Chácaras Recreio 2000.

Em razão de casos suspeitos de esporotricose animal, a UVZ realizou uma ação casa a casa no Jardim São Bento, neste mês. A ação contou com apoio da equipe de agentes comunitários da UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro. Os agentes orientaram moradores que têm gatos e cães e coletaram amostras de animais que apresentavam feridas. As amostras foram enviadas para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade de São Paulo. O órgão municipal aguarda o resultado dos exames das amostras enviadas.

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