O Hospital da Mulher – Caism (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher) Unicamp, em Campinas, voltou ontem a barrar novas internações de gestantes ou de recém-nascidos.
A medida é por tempo indeterminado e foi tomada pela direção da unidade por conta da superlotação das unidades obstétricas e neonatais do hospital – que desde o dia 6 de dezembro apresentam taxas de ocupação muito acima de 100%, chegando a picos de 140%, como ocorreu com a UTI Neonatal no último domingo.
Ontem, a UTI Neonatal do Caism tinha 18 pacientes internados, o que corresponde a 120% de ocupação. A UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) está com 15 recém-nascidos, o que significa 100% de ocupação.
“Esse quadro irá se agravar nas próximas horas, dado que há 10 pacientes em trabalho de parto no Centro Obstétrico, duas delas com 27 semanas de gestação; outra com 25 semanas. Esses três recém-nascidos demandarão internação na UTI Neonatal, elevando a ocupação para 140% novamente”, informou a Diretoria Executiva do hospital, em comunicado emitido ontem.
Além das pacientes em trabalho de parto, há 17 gestantes internadas na enfermaria de Patologia Obstétrica. De acordo com o hospital, dessas, seis têm indicação médica de indução do início do trabalho de parto em virtude de morbidades graves, como pré-eclâmpsia, bolsa rota com diminuição do líquido amniótico e fetos com múltiplas malformações. Entretanto, isso ainda não foi possível, pois a realização desses partos geraria novas internações na UTI Neonatal, que já se encontra superlotada.
“O adiamento desses partos é fonte de preocupação, uma vez que oferece riscos elevados para as gestantes e seus filhos”, ressaltou a Diretoria.
Segundo o comunicado, nesse quadro, a interrupção de novas internações obstétricas e neonatais visa a preservar o bom atendimento às pacientes já admitidas pelo hospital.