quinta-feira, 2 maio 2024
INOVAÇÃO CIRÚRGICA

Hospital São Luiz Campinas realiza primeira cirurgia robótica oncológica do aparelho digestivo nesta sexta-feira (27)

Prof. Dr. Fábio Thuler, especialista em cirurgias digestivas robóticas, será o médico responsável pelo procedimento
Por
Redação
Foto: Divulgação

Foi-se o tempo em que era preciso grandes incisões cirúrgicas para se fazer cirurgias complexas. Com a chegada da robótica, a medicina deu início a uma fase de grandes transformações. Diante deste cenário, na próxima sexta-feira, dia 27 de outubro, o Hospital e Maternidade São Luiz Campinas, recém inaugurado na cidade, fará sua primeira cirurgia robótica do aparelho digestivo. Sob o comando do Prof. Dr. Fábio Thuler, especialista em cirurgias digestivas robóticas desde 2012 e referência mundial no assunto, o procedimento garante alta precisão e é minimamente invasivo.

O caso será uma cirurgia de câncer no intestino. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 44 mil novos casos da doença por ano, entre 2023 e 2025.

Com tecnologia de ponta, os robôs oferecem um mecanismo que permite uma cirurgia minimamente invasiva e com muitos benefícios e principalmente, um menor trauma cirúrgico. Durante o procedimento, o robô é controlado pelo cirurgião através de um console que executa os movimentos com exatidão por meio dos quatro braços do robô – e conta ainda com um dispositivo capaz de filtrar eventuais tremores das mãos do médico. A alta precisão também é garantida pelas imagens em alta definição (Full HD) e 3D, ampliadas em até 15 vezes.

“O fato de ser menos invasivo e muito mais preciso, aumenta a segurança e conforto para o paciente durante e após a cirurgia, pois geralmente possibilitam cortes muito pequenos, menor tempo de internação, e recuperação mais rápida, sem grandes cicatrizes, com retorno às atividades físicas precoce e menor sangramento; além disso, é muito benéfica para os profissionais, pois o cirurgião tem movimentos mais controlados e precisos e uma visão melhor da região a ser operada”, explica Dr. Fábio.

Quando comparada às cirurgias tradicionais, as “abertas”, como são chamadas, não possuem tecnologia envolvida e a laparoscopia, embora tenha tecnologia, ainda possui algumas limitações, como o fato de não impedir totalmente um possível tremor das mãos e uma mobilidade reduzida dos instrumentos. “Os avanços são enormes, principalmente em cirurgias mais complexas, como cirurgias oncológicas, reoperações, obesidades extremas e cirurgias longas; quanto mais delicado o procedimento for, melhor para o robô; ele atende perfeitamente essa necessidade”, explica Fábio Thuler.

E, se na medicina é preciso se atualizar constantemente, quando falamos em tecnologia robótica, essa regra é ainda mais importante! Para aplicá-la à gastroenterologia é necessário, além da formação cirúrgica tradicional, um treinamento específico, certificado pela empresa Intuitive, que é responsável pelos robôs.

Embora ainda não sejam a maioria das cirurgias digestivas realizadas, a aposta é que nos próximos anos seja notado um aumento significativo do número de cirurgias robóticas e uma evolução ainda maior nos softwares de interface entre o robô e o cirurgião.

“A expectativa é que a tecnologia esteja cada vez mais presente nesse processo, e isso vai permitir que o cirurgião tenha informações em tempo real para tomar as decisões com ainda mais segurança durante a cirurgia; o que garante facilidade principalmente no processo de recuperação do paciente”, completa.

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