Um aposentado confessou que matou envenenado o cachorro da vizinha na Rua do Arroz, no Jardim Pérola, em Santa Bárbara d’Oeste, na noite do dia 26 de novembro. Ele admitiu o crime em depoimento no 2º Distrito Policial. Alegou que o animal latia muito e não conseguia dormir à noite.
A partir de denúncias e de vídeos mostrando o idoso passando na frente da residência da tutora do animal duas vezes na noite anterior à morte, a equipe do deputado estadual Bruno Lima (PSL) conseguiu descobrir o autor do crime. O parlamentar esteve na cidade às 11h desta quarta-feira (9) para convencer o autor a se apresentar à polícia.
A casa da vítima possui câmeras de segurança e as imagens constataram que no dia 26 de novembro à noite o vizinho passou duas vezes na frente da moradia.
Os vídeos mostram nitidamente o aposentado passando e olhando para a garagem da casa da vizinha pela segunda vez às 21h05 do dia 26 de novembro. Ele se aproxima do portão e joga algo pela fresta. A vítima, a estudante L.S.N., 25, relatou o ocorrido à protetora de animais e integrante da equipe do deputado, Roberta Dias Lima, 34.
Consta no boletim de ocorrência que o cachorro sem raça definida Ozzy, que havia sido adotado recentemente, estava agonizando, quase morto, na frente da porta da cozinha da casa da vítima por volta de 8h do dia 27 do mês passado.
O animal salivava bastante, como se estivesse ingerido veneno. Tanto a vítima quanto a veterinária tentaram reanimar o cão, mas ele faleceu.
O médico veterinário e o perito responsável pelo laudo adiantaram que o resultado da necropsia confirmou a morte por envenenamento, mas o laudo ficará pronto em 30 dias. Em depoimento no 2º Distrito Policial, o acusado V.R.C. confessou o envenenamento e disse que o animal latia muito, que não conseguia dormir à noite e que “não tinha paz” dentro de sua própria residência, informou a Polícia Civil. O caso foi registrado como prática de ato de abuso contra animais, cuja pena varia de dois a cinco anos de prisão. Mas a pena dependerá de sentença do juiz, depois da conclusão do inquérito policial e de possível abertura de processo pela Promotoria Pública.
A reportagem do TODODIA contatou a proprietária do animal pelo Facebook na tarde desta quarta, mas ela não se manifestou até a conclusão desta reportagem. O boletim não continha o telefone do acusado, que também não dispõe de perfil nas redes sociais. | CLAUDETE CAMPOS