A Câmara Municipal de Piracicaba voltou a ter quórum completo na manhã desta sexta-feira (26), após a posse do vereador Fabrício Polezi (PL). A cerimônia ocorreu por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que concedeu liminar durante o plantão judicial, às vésperas da votação do projeto de lei do novo Código Tributário do município.
A solenidade teve início com a leitura do juramento de posse por Fabrício Polezi. Em seguida, o presidente da Câmara, Rerlison Rezende, o Relinho (PSDB), fez a declaração de posse. O ato foi concluído com a assinatura do termo, em três vias.

Determinação da Justiça
A decisão judicial determinou a convocação imediata do suplente em razão do afastamento do vereador titular Cássio Luiz Barbosa (PL), preso preventivamente desde outubro de 2025 e investigado por crimes sexuais e pornografia infantil. Para o Judiciário, manter a cadeira vaga comprometeria a representatividade popular e poderia inviabilizar a deliberação de uma matéria tributária considerada relevante.
Durante seu pronunciamento, Fabrício Polezi direcionou sua fala a eleitores conservadores e defendeu a continuidade da mobilização política desse campo ideológico. Ao encerrar o discurso, citou frases recorrentes do conservadorismo nacional, entre elas: “nossa bandeira jamais será vermelha”.

Posicionamento sobre o novo Código Tributário
Recém-empossado, o vereador já se posicionou sobre a principal pauta em discussão no Legislativo. Polezi afirmou que deve votar contra o aumento do IPTU na sessão extraordinária convocada pelo Governo Municipal e marcada para segunda-feira (29), às 10h, quando os vereadores analisam o projeto do novo Código Tributário do município.
A proposta, enviada pelo prefeito Helinho Zanatta (PSD), prevê a revisão da Planta Genérica de Valores, o que pode alterar a base de cálculo do imposto a partir de 2026 e resultar em aumento significativo no valor do IPTU caso seja aprovada. O projeto enfrenta resistência de moradores, empresários e entidades do setor imobiliário.
Para ser aprovado, o texto precisa de pelo menos 12 votos favoráveis entre os 22 parlamentares. O presidente da Câmara só vota em caso de empate. Especialistas e representantes do mercado projetam impactos diretos da proposta sobre o custo da moradia, dos aluguéis e sobre a atividade econômica em Piracicaba, o que aumenta a pressão sobre os vereadores às vésperas da votação.





