Uma dona de casa de 49 anos afirmou que se sentiu ofendida por um médico psiquiatra que atendeu sua filha internada no Pronto-Socorro Dr. Édison Daniel dos Santos Mano, em Santa Bárbara d’Oeste. Segundo a vítima, o médico teria dito que não queria assumir a responsabilidade de cuidar da sua filha de 28 anos que tem esquizofrenia, que já ficou internada em hospital psiquiátrico e que teve uma queda há oito dias e ficou uma semana sem falar.
A Prefeitura informou que apura o caso, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (2). Segundo a dona de casa Arlete Aparecida Moraes de Camargo Ramos, 49, o médico plantonista entrou no quarto onde a filha está internada há oito dias e disse que pretendia dar alta para ela. A mãe argumentou que sua filha, Daniele Caroline Ramos, 28, não estava em condições de ter alta, porque estava agressiva consigo mesma e ficou uma semana sem falar, depois de uma queda que teve no banheiro, em que perdeu a consciência.
A mãe relata que o médico deixou o quarto gritando e dizendo que ela não queria assumir a responsabilidade pela filha. “Ele começou a gritar no corredor para todo mundo ouvir que eu não quero ter responsabilidade com a minha filha”, relatou à reportagem. A mulher conta que se sentiu constrangida, porque testemunhas ouviram as ofensas proferidas no corredor. “Jamais ofendi ele do jeito que me ofendeu”, mencionou. “Eu achei uma coisa feia, ridícula”, comentou a mãe, sobre o episódio.
Depois do ocorrido, a mãe conversou com a assistente social do PS para evitar que a filha tivesse alta diante do estado de saúde em que estava.
OUTRO LADO
Questionada a respeito do episódio, a Secretaria de Saúde informou que, “respeitando o sigilo médico e visando preservar o direito à intimidade da paciente e de seus familiares, não está autorizada a divulgar informações sobre o ocorrido. O caso está sendo avaliado internamente e as condutas pertinentes já estão sendo adotadas”, cita a pasta em comunicado.