quinta-feira, 18 abril 2024

Missa lembra vítimas um ano após chacina na igreja em Campinas

Com a Catedral Metropolitana cheia de fieis, a Arquidiocese de Campinas celebrou ontem (11) uma missa em memória das vítimas do massacre ocorrido no templo há exatamente um ano – quando um homem armado atirou em oito pessoas que acompanhavam uma missa, matando quatro delas na hora e se matou em seguida. Uma quinta vítima do atirador morreria no hospital no dia seguinte. O caso repercutiu mundialmente, sendo citado inclusive pelo Papa Francisco. 

Nesta quarta-feira (11), na missa em memória das vítimas, celebrada no mesmo horário da missa em que ocorreu a chacina, o pároco da Catedral Metropolitana, monsenhor Rafael Capelato disse que o ano foi de muita reflexão e que ele ouviu de muitas pessoas que a igreja deveria controlar o acesso ao templo, após o ocorrido.

No entanto, ele refletiu e ponderou que a Catedral deve estar é aberta aos fieis. “Controlar acesso, colocar aparato maior de segurança, cremos que levaria a uma blindagem contraproducente”, disse o pároco. 

NA CATEDRAL | Missa ontem foi marcada pela emoção (Foto: Leandro Ferreira | Fotoarena | Folhapress)

Ele acrescentou ser missão da igreja acolher pessoas, humanamente e espiritualmente, recebendo todos que batem às suas portas. 

Familiares e amigos das vítimas da tragédia, além de sobreviventes do caso e outras centenas de pessoas acompanharam a cerimônia, marcada por um clima de emoção. 

“DEUS PROTEGEU” 

Um dos dois homens que ficaram feridos na tragédia, Ludar Brognoni, 65 anos, disse que o episódio reforçou mais sua fé e que sempre que vai ao Centro de Campinas entra na Catedral ao menos por alguns minutos. Ele diz ter visto quanto o atirador levantou-se e atirou nas duas primeiras vítimas. Ele estava em outra parte da igreja e tentou sair antes que o homem viesse para o lado onde ele estava. 

“Deus me protegeu, tropecei no banco, fui atingido com um tiro no braço e outro na mão, creio que o atirador pensou que eu estivesse morto”, disse a vítima, que ficaria internada por algumas horas. Ele acrescentou que o episódio não lhe provocou traumas psicológicos, disse que ficou mais fortalecido na fé e que agora valoriza ainda mais a vida e a sua família. 

 

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