Número de casos salta de 7 para 16 entre 2020 e 2021, dizem bombeiros
De acordo com a corporação, a região contabilizou sete casos de afogamentos nos 12 meses de 2020. No ano passado, os números negativos saltaram para 16, intensificando as ocorrências lideradas pelos socorristas.
Os locais com maior incidência de afogamentos na região, conforme informou o Corpo de Bombeiros, são a Represa Salto Grande, em Americana; a Represa da antiga Usina de Cillo e Barramento Areia Branca, em Santa Bárbara d’Oeste; a Represa Recanto II e Barramento Lopes, em Nova Odessa; a Represa do Horto Florestal e a Represa do Marcelo Pedroni, em Sumaré.
No dia de Natal, após cerca de 15h de buscas, o corpo do jovem Alex Alcântara Pagiatto Junior, de 25 anos, foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros, na Represa Salto Grande, região da Praia dos Namorados. Ele caiu de uma moto aquática e se afogou e estaria sem colete salva-vidas. O resgate mobilizou representantes da Marinha.
Em outubro, o jovem Mateus Pereira, de 19 anos, foi encontrado morto após afogar-se em uma lagoa, próxima a um bosque no Jardim Dall’Orto, em Sumaré.
Sócio da academia Acquarium, em Americana, professor de natação e educador físico, Vinícius Zanon, chama a atenção para o número de afogamentos no estado de São Paulo.
“Hoje as pesquisas nos trazem números altos de afogamento. São duas mortes por dia no estado de São Paulo. Devemos dobrar as atenções nesse período. Vamos ter mais prudência, prevenção é a melhor atitude. Em rios e lagoas, antes de se banhar, informe-se da correnteza e profundidade do local, tome cuidado com galhos, pedras e evite nadar sozinho. Também não se pode mergulhar de cabeça em lugares desconhecidos”, frisou.
Veja quais são as orientações dos bombeiros:
Os bombeiros orientam que para evitar afogamentos, é necessário a colaboração da população, que deve adotar medidas para prevenir tragédias.
“Não permita que crianças entrem desacompanhadas e/ou sem supervisão de um adulto na água, seja no mar ou em outros locais, ainda que sejam piscinas infláveis. Somente nas piscinas faça as crianças usarem boias infláveis para os braços, próprios para tal finalidade. Não use boias ou infláveis em áreas abertas, como praias e represas. Não improvise boias com câmaras de ar, colchões infláveis ou outros objetos não recomendáveis para lazer em ambientes aquáticos, que transmitem uma falsa sensação de segurança. Mantenha-se afastado das costeiras e pedras: você pode escorregar ou ser derrubado. Não abuse do álcool, ele o faz perder a noção do perigo, portanto se beber não entre na água”, destaca a corporação.
Nas praias, obedecer as orientações nas placas de advertência é essencial, além de evitar a entrada brusca na água após longa exposição ao sol, uma vez que há risco de choque térmico e desmaio.
“Comer demais e entrar na água é arriscado, pode haver congestão. Para utilizar embarcações, tais como motos aquáticas (jet ski), barcos, lanchas e outros, certifique-se das legislações existentes, bem como dos cuidados com a segurança própria e dos banhistas próximos, nestes casos não deixe de usar coletes apropriados”, diz.
E em caso de chuva, a corporação orienta a não permanecer na água, seja no mar, piscinas, lagos ou represas, diante da possibilidade de raios.
“Em locais de alagamento, evite deslocar-se, pois podem existir buracos que não estejam visíveis. Em caso de emergências ligue “193”, pois o Corpo de Bombeiros está pronto para ajudá-lo, 24 horas por dia”, salienta.