sexta-feira, 19 abril 2024

Motoristas de app protestam na Avenida Brasil

Cerca de 50 motoristas que trabalham por aplicativo, como Uber, protestaram ontem na Avenida Brasil, em Americana, em uma manifestação pela redução das tarifas cobradas pelas empresas. O movimento é mundial e busca melhores remunerações aos trabalhadores.

Os manifestantes se concentraram em dois pontos da avenida durante a manhã. Com cartazes de protesto, um grupo de aproximadamente 30 motoristas parou seus carros na área próxima ao antigo Walmart. Os demais estacionaram em um posto de combustíveis da região.

Os vidros traseiros dos automóveis estampavam frases de protesto.

Os condutores também deixaram de ligar os aplicativos e de atender chamadas de clientes, o que inflacionou os preços. Às 18h30, quem decidisse fazer corridas poderia cobrar o dobro da tarifa normal.

O motorista Victor Pellizari, 25, fez apenas corridas particulares. A motorista Ana Paula Reis, 50, adotou a mesma estratégia. “Atendi apenas clientes fixos, que são rotineiros”, disse. Ela deixou de rodar com gasolina e etanol para tentar reduzir o impacto das taxas cobradas pelos aplicativos. “Eu sou uma das primeiras que instalou GNV (Gás Natural Veicular) no carro para ter uma margem maior de renda, mas a maioria sofre com as tarifas muito baixas e custos altos e chegam a trabalhar em média 12 horas por dia para conseguir equalizar os ganhos, que cada dia diminuem”, disse.

ME LEVA AGORA
O aplicativo “Me Leva Agora”, disponível para download, foi a opção da motorista Ana Paula Reis para ganhar mais com corridas. Divulgado como “o único aplicativo de transporte de passageiros feito por motoristas para motoristas”, o Me Leva Agora foi criado para competir com as taxas dos demais apps.

Ana Paula atende cerca de 15 chamadas por dia pelo app. Ontem, durante a paralisação dos condutores, o valor das corridas subiu nos apps mais conhecidos – até 15% maior do que o oferecido pelo Me Leva Agora. O tempo de espera por um motorista, no entanto, era três vezes maior.

O app iniciou operações em Campinas em setembro de 2018. Em Americana, começou em janeiro e atualmente conta com cerca de 120 cadastrados.

 
 

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