Em audiência realizada na tarde de ontem, em Campinas, o Ministério Público do Trabalho da 15ª Região deu prazo de 90 dias para que a empresa Ouro Verde acabe com a dupla função dos motoristas do transporte coletivo de Sumaré.
A promotora que conduziu a audiência entre a prefeitura e a empresa concessionária, Alvamari Cassillo Tebet, utilizou como base a representação protocolada pelo vereador Willian Souza (PT) no mês passado. Na denúncia, o parlamentar anexou um vídeo onde um motorista aparece cobrando a passagem com o veículo em movimento.
De acordo com a ata da audiência, o representante do município, Mauro Jorge Cegantin, informou que a concessionária do transporte coletivo na cidade é a empresa Ouro Verde, desde 2008. O município tem 16 linhas e, em 80% delas, segundo Cegantin, existem também permissionários que fazem o transporte complementar, chamados de perueiros.
Cegantin ainda informa que todos os veículos do transporte complementar têm cobradores e que a Ouro Verde mantém cobradores em horário de pico.
O representante da empresa na audiência pediu cinco dias de prazo para apresentação de documentos.
A procuradora “esclareceu que o objetivo do Ministério Público do9 Trabalho é que os motoristas não mais procedam a cobrança das passagens”. Ainda estabeleceu 90 dias de prazo para que empresa apresente as medidas que serão adotadas para que os motoristas não façam a cobrança em Sumaré.
COMEMORAÇÃO
“O resultado da audiência representa uma grande conquista para a população de Sumaré. O Ministério Público concordou com a nossa representação, entendeu a gravidade do problema e exigiu o fim da dupla função dos motoristas. O resultado prático para cumprimento da determinação é a volta dos cobradores aos ônibus de Sumaré, garantindo a retomada dos postos de trabalho e a segurança para profissionais e usuários do transporte coletivo”, comemorou o vereador.
REPRESENTAÇÃO
No dia 17 de agosto o Willian protocolou representação no Ministério Público do Trabalho pedindo o fim da dupla função dos motoristas e a volta dos cobradores nos ônibus do transporte público de Sumaré.
No documento, o parlamentar apontou que a falta de cobrador nos ônibus tem gerado transtornos para trabalhadores, usuários e representava grave risco a população em geral, uma vez que a cobrança de passagem pode desviar a atenção dos motoristas, aumentando a chance de ocorrer acidentes de trânsito.