sexta-feira, 15 agosto 2025
PRESIDENTE EM IRACEMÁPOLIS

Na região, Lula critica Bolsonaro, fala de tarifaço e inaugura montadora chinesa de veículos

Instalada no complexo adquirido da Mercedes-Benz em 2021, a fábrica da GWM já conta com cerca de 400 trabalhadores
Por
Airan Prada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na sexta-feira (15), da inauguração da nova fábrica da montadora chinesa Great Wall Motors (GWM), em Iracemápolis, na região de cobertura da TV TODODIA.

A cerimônia contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), dos ministros Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte), além do presidente da GWM Internacional, Parker Shi, entre outras autoridades.

Críticas a Bolsonaro e ao tarifaço

Durante seu discurso, Lula abordou temas de destaque nacional e internacional. O presidente criticou o chamado “tarifaço” dos Estados Unidos contra o Brasil e citou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Lula discursa durante inauguração da GWM, em Iracemápolis. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O chefe do Executivo também fez ressalvas ao impacto de novas tecnologias e destacou realizações de seu terceiro mandato. Alckmin, em sua fala, reforçou as críticas às medidas adotadas pelo governo de Donald Trump.

Estrutura e geração de empregos

Instalada no complexo adquirido da Mercedes-Benz em 2021, a fábrica da GWM já conta com cerca de 400 trabalhadores. A unidade tem capacidade para produzir até 50 mil veículos por ano, com foco em modelos híbridos e sustentáveis.

A expectativa da montadora é ampliar o número de postos de trabalho, chegando a 800 ou até mil até o fim de 2025. No futuro, a produção poderá alcançar 100 mil veículos anuais.

O primeiro modelo a ser fabricado em Iracemápolis será o SUV híbrido Haval H6.

Investimentos bilionários

A GWM já anunciou investimentos de R$ 10 bilhões no Brasil, sendo R$ 4 bilhões previstos até o fim de 2025 e outros R$ 6 bilhões de 2026 a 2032.

Esses recursos visam fortalecer a produção local e ampliar a participação da marca no mercado brasileiro de carros elétricos e híbridos.

P vice-presidente Geraldo Alckmin também compareceu à cerimônia. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Produção e conteúdo nacional

O início da produção será feito com peças importadas, mas em conformidade com as regras do programa federal MoVer, que estimula a mobilidade verde.

Segundo a empresa, já haverá conteúdo local nos veículos desde a largada, com componentes como pneus, vidros, rodas, bancos e chicotes elétricos. O processo de pintura também será realizado em Iracemápolis.

A meta da GWM é alcançar 60% de nacionalização dos veículos em até três anos.

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