O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na sexta-feira (15), da inauguração da nova fábrica da montadora chinesa Great Wall Motors (GWM), em Iracemápolis, na região de cobertura da TV TODODIA.
A cerimônia contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), dos ministros Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte), além do presidente da GWM Internacional, Parker Shi, entre outras autoridades.
Críticas a Bolsonaro e ao tarifaço
Durante seu discurso, Lula abordou temas de destaque nacional e internacional. O presidente criticou o chamado “tarifaço” dos Estados Unidos contra o Brasil e citou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O chefe do Executivo também fez ressalvas ao impacto de novas tecnologias e destacou realizações de seu terceiro mandato. Alckmin, em sua fala, reforçou as críticas às medidas adotadas pelo governo de Donald Trump.
Estrutura e geração de empregos
Instalada no complexo adquirido da Mercedes-Benz em 2021, a fábrica da GWM já conta com cerca de 400 trabalhadores. A unidade tem capacidade para produzir até 50 mil veículos por ano, com foco em modelos híbridos e sustentáveis.
A expectativa da montadora é ampliar o número de postos de trabalho, chegando a 800 ou até mil até o fim de 2025. No futuro, a produção poderá alcançar 100 mil veículos anuais.
O primeiro modelo a ser fabricado em Iracemápolis será o SUV híbrido Haval H6.
Investimentos bilionários
A GWM já anunciou investimentos de R$ 10 bilhões no Brasil, sendo R$ 4 bilhões previstos até o fim de 2025 e outros R$ 6 bilhões de 2026 a 2032.
Esses recursos visam fortalecer a produção local e ampliar a participação da marca no mercado brasileiro de carros elétricos e híbridos.

Produção e conteúdo nacional
O início da produção será feito com peças importadas, mas em conformidade com as regras do programa federal MoVer, que estimula a mobilidade verde.
Segundo a empresa, já haverá conteúdo local nos veículos desde a largada, com componentes como pneus, vidros, rodas, bancos e chicotes elétricos. O processo de pintura também será realizado em Iracemápolis.
A meta da GWM é alcançar 60% de nacionalização dos veículos em até três anos.