domingo, 7 dezembro 2025

Na véspera de reunião sobre o ‘lockdown’, internações disparam

Às vésperas da reunião entre prefeitos da região para tratar da possibilidade de adoção de um “lockdown” regional para frear a pandemia da Covid-19, o DRS (Departamento Regional de Saúde) de Campinas, que inclui 42 municípios, teve ontem novo recorde de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de novas internações em um único dia, índices que devem basear as decisões dos prefeitos hoje. 
Conforme números da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), ibten a região de Campinas atingiu taxa de ocupação de leitos de UTI de 92,8%, a maior registrada desde o início da pandemia. 
Outro recorde batido foi o de novas internações em apenas um dia, com 340 pacientes dando entrada em hospitais, somando-se leitos de UTI e enfermaria, o que corresponde a 14 internações por hora ou uma internação a cada quatro minutos. O recorde anterior havia sido registrado na quarta, quando 276 novas internações foram contabilizadas. 
Além disso, a região tinha ontem índice de 13,2 novas mortes e 450 novos casos para cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Na região de Campinas, os quatro índices, principais para nortear as decisões de combate à pandemia, estão acima da média do estado. 

RESTRIÇÕES 

Todo o estado foi colocado na fase vermelha há 14 dias, fase esta que poderia ser encerrada hoje, mas foi substituída pela fase emergencial, ainda mais restritiva. 
Entretanto, sem adesão pela maioria da população, o isolamento não tem atingido os níveis esperados e, consequentemente, os índices da pandemia, no período, subiram ao invés de descerem. 
Diante do eminente colapso no sistema de saúde, prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas) começaram a discutir na última quarta (17) a possibilidade de adotar uma espécie de “lockdown” regional como forma de frear a transmissão da doença. 
Na quarta, o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), defendeu a proposta, mas disse que o fechamento só teria resultado se fosse implantado em toda a região. 
Como a fase emergencial tinha apenas três dias de implantação, os prefeitos decidiram adiar a decisão para hoje, com a promessa de analisar os números de evolução da pandemia e se as medidas então recém-implantadas tinham surtido efeito. 
“Ficou decidido que iremos avaliar os índices de ocupação de UTI, ou falta de leitos, e de isolamento social de cada cidade”, disse o prefeito de Campinas, em coletiva na quarta. 
A discussão, portanto, ocorrerá em um cenário de índices piorando após nove dias de fase vermelha e quatro dias de fase emergencial. 

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