sexta-feira, 11 abril 2025

Nova central vai agilizar serviços de saúde na RMC

As cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) passam a contar, a partir de novembro, com o primeiro Núcleo Regional da Cross (Central de Regulação e Ofertas de Serviços de Saúde). O serviço, que está sendo inaugurado em Campinas, deve auxiliar na redução do tempo de espera dos pacientes que precisam de consultas, exames e atendimentos de urgência e emergência na rede pública de saúde da RMC.

 

Até hoje, a regulação das vagas nos serviços de saúde em todo Estado é feita na capital. Quando um paciente precisa de vaga de internação, o pedido vai para o Cross em São Paulo, que pode direcionar a pessoa para qualquer local do Estado.

 

O governo investiu R$ 838,6 mil na reforma do espaço onde o Cross será instalado, no prédio da DRS VII. Ao custo de R$ 530,9 mil por mês, o serviço vai funcionar todos os dias, 24 horas, auxiliando na transferência de pacientes dos 42 municípios da região da DRS VII para serviços de referência em saúde, como de oncologia e hemodiálise.

 

“O sistema foi concentrado em São Paulo e isso criou uma onda de reclamação. Tem que ser perto, onde as pessoas se conhecem. A grande mudança é essa: trazer a gestão para a região”, disse o secretário de Estado da Saúde, Marco Antonio Zago, ao participar do anúncio do projeto-piloto, ontem de manhã, na DRS VII (Diretoria Regional de Saúde), em Campinas.

 

O secretário explicou que, no primeiro momento, a regionalização ajuda as pessoas que procuram os prontos-socorros, não conseguem internação e a família precisa ir de um hospital para outro em busca de vaga. Mas ele não mencionou prazos. “Vai agilizar, mas não dá para quantificar imediatamente. Tem que pôr para funcionar e avaliar se vai precisar de mais ações. O que não for possível resolver com a central, se continuar faltando, é porque precisa de mais equipamentos, mais equipes”, explicou Zago.

 

A previsão inicial é que o Núcleo Regional faça até 6.318 atendimentos por mês, dos quais 6 mil solicitações de regulações de urgência e emergência, outros 250 de oncologia – através da Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer – e 68 regulações TRS (Terapia Renal Substitutiva).

 

“Estamos tentando, com essa regionalização, resolver um gargalo que existe há muito tempo e garantir acesso à saúde. Os gestores têm a obrigação de fazer com que esse sistema funcione. A regulação, tenho certeza, é o primeiro passo”, afirmou o secretário.

 

Segundo Mirella Povinelli, Diretora Técnica do DRS VII e que desenvolveu o projeto, a grande vantagem é ter a regulação dos serviços dentro do próprio território. Inicialmente, 16 profissionais atuarão na central de vagas.

 

“Inclusive, os médicos que vão trabalhar na central são da própria região, conhecedores dos hospitais e UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento). É muito positivo, conhecem a estrutura. Se trabalha no Cross em São Paulo, não conhece a região, as estradas, vias de acesso, distância entre os municípios e isso influencia”, disse ela.

 

De acordo com Mirella, a regionalização vai ajudar na organização do fluxo e acesso dos pacientes. “Vamos realmente conhecer muito profundamente a lista (de pessoas à espera de atendimento) e onde estão esses pacientes. Com esse complexo regulador, vamos poder nos apropriar dessa demanda reprimida e trabalhar em cima dela. Buscar prestadores, hospitais que possam colaborar em resolver essas demandas”, explica.

 

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