Nova Odessa já tratava 100% do esgoto doméstico que produzia. No ano passado, a cidade começou o período de testes de usina de compostagem anexa à ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), para a transformação do lodo em adubo orgânico. Agora, a cidade abraça uma nova empreitada: usar os resíduos urbanos na geração de energia.
De acordo com o presidente da Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa), todo o lixo coletado atualmente é enviado à Estre, aterro privado sediado em Paulínia. “Vamos transformar esse lixo em energia e gás”, disse.
O primeiro passo para implementar o projeto foi a mudança do perfil de atuação da própria empresa municipal. Fundada há 43 anos para executar as obras de saneamento da cidade, serviços de água, esgoto e manejo de resíduos, a companhia agora se chama Coden Ambiental, e se propõe a vender serviços.
Nos últimos sete anos, disse o presidente, a empresa investiu R$ 55 milhões nos sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto. Se buscou no mundo todo modelos sustentáveis de saneamento, e o projeto precisa avançar. Agora ela vai gerar lucro, trazendo benefícios e investimentos à cidade.
“A água de reúso produzida em caráter experimental na ETE também tem potencial muito grande para gerar receita para o município, pois é uma demanda crescente por parte das indústrias”, comentou o diretor-geral da Ares-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Dalto Brochi.