sexta-feira, 17 maio 2024

Ocupação de leitos no DRS Campinas aumenta

A taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de coronavírus do DRS (Departamento Regional de Saúde) Campinas se aproxima de 70%. Ontem, chegou a 67,4%. Uma semana atrás era de 65%. Um aumento de casos e internações é esperado para os próximos 20 dias, consequência das aglomerações de fim de ano, e pode fazer a taxa disparar e causar novas restrições.

O governo do estado fará nova avaliação do Plano São Paulo hoje. Em uma ou duas semanas um eventual aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI pode fazer com que a região atinja indicadores da fase laranja, a número dois, entre a fase amarela (atual) e a fase vermelha, a mais restritiva.

Segundo critérios do estado, a fase dois, chamada de controle, é necessária para regiões que tiverem taxa de ocupação de leitos de UTI de 75% a 80%. Acima dos 80%, é fase vermelha.

Campinas, maior cidade do DRS, ultrapassou os 52 mil casos, com 1.493 óbitos. A taxa de ocupação de leitos de UTI para coronavírus ontem na cidade era 85,4% (193 de 226 leitos). Segundo a prefeitura, são 33 leitos livres, só sete deles na rede pública. Na terça, a taxa de ocupação de leitos de UTI era de 80,09%.

Ontem, segundo atualização da Fundação Seade, órgão estadual, foram 1.840 novos casos, totalizando 160.402, sendo 4.303 óbitos. Foram 533 casos a mais do que os 1.317 registrados terça (5).

A última vez que o DRS Campinas teve mais que 1.840 casos foi há mais de três semanas, em 17 de dezembro, quando foram 2.711, após problema no sistema que não registrou os casos do dia anterior. Antes disso, só em 10 de novembro, com 1.924 novos casos.

Foram 127 novas internações e a taxa de ocupação de leitos de coronavírus é de 44,2% na enfermaria e 67,4% na UTI. A média de leitos de UTI a cada 100 mil habitantes na região segue em 14,5.

REGIÃO

Nas cinco cidades da região, a situação é mais amena. Mesmo assim, as prefeituras disseram já estarem preparadas para um eventual aumento de casos e internações nas próximas semanas.

Em Americana e Santa Bárbara, pouco mais da metade dos leitos de UTI para coronavírus está ocupada, não ultrapassando os 55%. Hortolândia está com os leitos de UTI do Hospital Municipal todos desocupados. Sumaré não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Em Americana, a taxa geral de ocupação de leitos para Covid-19 no município é de 52% de leitos com respiradores (de 56 no total, 29 estão ocupados) e de 48% de leitos sem respiradores (de 71 no total, 34 estão ocupados).

No Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, a taxa é de 47% com respiradores (de 17, oito estão ocupados) e 61% sem (de 18 no total, 11 estão ocupados).

Na rede privada, 53% dos leitos de UTI estão ocupados (21 de 39). O Hospital São Lucas, que chegou a ter 100% de ocupação, ontem tinha 70% (7 de 10). A ocupação dos leitos sem respiradores nos hospitais particulares é de cerca de 40% em cada.

A Prefeitura de Santa Bárbara respondeu, na noite de terça (5), apenas, que “a taxa de ocupação é de 51% (leitos sem respiradores) e 56% (leitos com respiradores)”, sem informar a quantidade de leitos.

A Prefeitura de Hortolândia também não informou a quantidade de leitos do município O boletim do coronavírus aponta que não havia nenhum paciente, seja infectado, seja suspeito, nem na enfermaria e nem nos leitos de UTI do Hospital Municipal Mário Covas nesta quarta (6)

Já os leitos sem respiradores da Unidade Respiratória estão ocupados por 27 pacientes, 18 suspeitos e nove infectados.

Dentre os internados pelo município em outras cidades, 14 estão em UTI, sendo dez casos confirmados e quatro suspeitos; outros dez em leitos sem respiradores, sendo seis infectados.

A Prefeitura de Sumaré não respondeu. O último boletim divulgado, na noite de terça (5), apontava para 77 pacientes internados, sendo 28 casos confirmados. Das duas últimas mortes, de dois homens com comorbidades, um estava internado na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) Macarenko e outro no HC (Hospital das Clínicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em Campinas.

Em Nova Odessa, há 12 leitos sem respiradores na Unidade Respiratória. Na terça (5), a ocupação era de 50%, mas ontem todos os leitos foram desocupados.

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