A Câmara de Americana aprovou ontem, em primeira discussão, por unanimidade, o orçamento de 2021 da prefeitura, no valor de R$ 941 milhões. A matéria volta a ser discutida quinta-feira (10). A estimativa de receitas e despesas foi elaborada pelo governo Omar Najar (MDB), mas norteará as ações do primeiro ano do governo Chico Sardelli (PV), que prevê um “ano difícil”.
O orçamento aprovado é bastante enxuto em comparação com o desde ano, com aumento de apenas 2,3%, abaixo da inflação. Isso tem sido observado em toda a região por conta da pandemia de coronavírus, que provocou queda na arrecadação dos municípios.
A Educação terá um orçamento de R$ 189 milhões, enquanto a Secretaria de Saúde e a Fusame (Fundação de Saúde de Americana), mantenedora do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, ficarão com R$ 198 milhões, sendo estas as duas áreas prioritárias da peça orçamentária.
A Câmara terá verbas de quase R$ 32 milhões, enquanto a previsão de receitas e despesas do DAE (Departamento de Água e Esgoto) para o ano que vem é de R$ 124 milhões.
A sessão teve cerca de 30 minutos e contou com poucos discursos. Um deles foi do líder do governo Omar na Câmara, Alfredo Ondas (MDB), que também alertou para as dificuldades do ano que vem.
“Americana infelizmente vai ter que gastar muito daquilo que arrecada com os precatórios, é lamentável porque é uma dívida contraída ao longo de muitos anos. Os vereadores reeleitos terão que acompanhar de perto porque Americana vai enfrentar dificuldade financeira grande em 2021”, afirmou o vereador, que foi candidato a prefeito.
Prestes a assumir a Prefeitura de Americana, Chico também falou em “ano difícil”. “Teremos o desafio de estimular a economia em todas as esferas de governo e em Americana não será diferente. Vamos trabalhar para ampliar o orçamento através da conquista de emendas parlamentares, para que seja possível realizar mais serviços”, adiantou.
Também de acordo com o projeto, mesmo tendo sido elaborado por um governo para ser aplicado por outro, o orçamento não é completamente “engessado”, já que há margem de remanejamento de recursos entre as áreas da Administração em até 30% do valor total da peça orçamentária no Executivo e 20% no Legislativo.