Região Metropolitana de Campinas tem 21 casos confirmados da doença
A Prefeitura de Paulínia confirmou o segundo caso de Monkeypox (Varíola do Macaco) no município no domingo (31). Com a confirmação, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) soma 21 moradores infectados pelo vírus desta doença. Em Paulínia, a contaminação foi confirmada em um rapaz de 19 anos.
De acordo com a Secretaria de Saúde do município, o caso foi confirmado por meio de diagnóstico laboratorial. Segundo o comunicado, o paciente apresenta quadro clínico estável e é acompanhado pelo serviço de saúde da rede municipal e por autoridades sanitárias.
Este é o segundo caso confirmado em menos de uma semana em Paulínia. A prefeitura confirmou o primeiro caso no dia 27 de julho. O paciente contaminado também é um homem e tem 27 anos. Na RMC, existem 21 moradores infectados entre as cidades de Americana, Campinas, Indaiatuba, Vinhedo, Santa Bárbara d’Oeste e Paulínia, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, informados nesta segunda-feira (1º).
De acordo com a médica infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp, os números de contágios pela Monkeypox registram aumento exponencial e, se continuarem nesse ritmo, é possível que exista uma epidemia da doença. A epidemia acontece se ocorre aumento no número de casos de uma doença em diversas regiões, estados ou cidades, porém sem atingir níveis globais.
A infectologista explica que, para interromper o crescimento dos casos confirmados e evitar uma epidemia, é necessário conscientizar a população e profissionais da saúde sobre as formas de transmissão da doença e como evitá-la.
A médica alerta que qualquer pessoa que tiver o contato com a pele lesionada pela doença pode se contaminar, uma vez que a principal forma de transmissão é o contato físico com as lesões causadas pela Monkeypox.
No surto atual, mais de 90% dos casos foram confirmados em homens que têm relações sexuais com outros homens, ou bissexuais, segundo Raquel. O atual surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual, de acordo com a pasta estadual.
“A população, nesse momento, deve ser alertada e orientada ao que fazer para evitar que se contaminem ou que venham a transmitir”, disse a médica.
Outras formas de transmissão, menos frequentes, são o contato por meio de utensílios como talheres, copos, além de roupa de cama, toalhas e roupas de uso próprio. Além dessas, também é possível se contaminar por meio da respiração próxima de uma pessoa que tenha a doença.
Da mesma família da varíola, o vírus Monkeypox é menos transmissível e as chances de formas graves da doença também são menores, como explica a infectologista.
Os sintomas normalmente são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, fraqueza, gânglios linfáticos inchados e erupção ou lesões cutâneas.