segunda-feira, 25 novembro 2024

Pela 1ª vez, Região tem saldo positivo de vagas na quarentena

Junho foi o primeiro mês que teve saldo positivo de empregos depois do início da quarentena para conter a Covid-19, em março deste ano.  Sumaré, Americana e Nova Odessa puxaram as contratações no mês passado.  Para o presidente da Acias (Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Sumaré), Juarez Pereira da Silva, a economia começa a dar sinais de recuperação. Juntas, Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré tiveram um saldo positivo de 225 vagas (diferença entre 5.394 admissões e 5.169 desligamentos em junho deste ano. (Confira os dados no quadro abaixo). 

Foi o que apontou o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que retrata os empregos com carteira assinada. O campeão de geração de vagas em junho na região foi Sumaré, com saldo de 314 vagas (diferença entre 1.410 admissões e 1.096 desligamentos). O setor que mais empregou em junho no município foi construção civil, com saldo de 441 vagas, seguida por comércio, com 61 vagas. 

O desempenho só não foi melhor porque o setor de serviços (fortemente impactado pelo fechamento do comércio em razão da pandemia) fechou 100 vagas, indústria de transformação, 83, e empresas de saneamento e resíduos, cinco vagas. O levantamento foi feito pela economista Eliane Rosandisk, do Observatório PUC-Campinas, a pedido do TODODIA. 

Americana teve saldo positivo de 67 vagas e Hortolândia, de seis. Em compensação, Nova Odessa fechou 134 postos de trabalho e Santa Bárbara d’Oeste, 28. 

O presidente da Acias disse que o resultado pode ser um demonstrativo de que a economia começa a se recuperar, o que refletiu no resultado do Caged. 

“Passados 70 dias, inicia processo bem lento com ação pela consciência. Acompanhamos aqui em Sumaré vários negócios novos sendo abertos na cidade, em serviços, alguns do comércio e isso refletiu em junho, mesmo que timidamente, lentamente, mas é sinal de alento, sinal positivo”, afirmou o presidente da entidade. 

Pereira da Silva disse que espera que os números continuem positivos em julho e agosto. “É isso que nós torcemos. Nós estamos trabalhando com consciência e criamos alternativas para eliminar pânico, medo e desespero”, afirmou o presidente da entidade. “Quem sabe o pior já passou”, desabafou. “Ficamos mais maduros com a provocação da natureza.” 

QUEDA ESPERADA 

“Infelizmente, a queda do emprego já era esperada em função das consequências da pandemia. Com a indefinição sobre o retorno das atividades econômicas, muitos empresários, mesmo aqueles que se mantiveram no começo da quarentena, acabaram ficando sem recursos para cumprir suas obrigações trabalhistas”, afirmou o presidente do Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste, Vitor Fernandes. 

CIDADES FECHAM 7,2 MIL POSTOS NO SEMESTRE 

Apesar do balanço positivo de emprego em junho, o saldo ficou negativo no primeiro semestre deste ano. Todos os cinco municípios juntos tiveram 7.284 postos fechados no acumulado do ano. 

Americana fechou 2.849 postos de trabalho, Hortolândia, 1.172, Nova Odessa, 1.159, Santa Bárbara, 804 e Sumaré, 1.300. 

A Região acompanha o Estado, que perdeu 364.370 postos de trabalho no acumulado do ano, e o Brasil, que fechou quase 1,2 milhão no primeiro semestre. 

Tudo isso é o reflexo da pandemia sobre os negócios. “Se nós olharmos para o início de março, nós percebemos que o mundo inteiro, mais especificamente o Brasil, foi submetido a um pânico, um desespero, aquilo que assusta e amedronta, a mistura do sentimento de profundo desânimo, todos sentindo incapacidade de agir em função da pandemia da Covid-19. Isso mexeu com quase todos os segmentos e negócios. Em torno de 90% sofreram esses impactos”, disse Juarez Pereira da Silva, presidente da Acias (Associação Comercial e Industrial de Sumaré). 

A consequência foi o fechamento das vagas, avaliou o dirigente. 

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