sexta-feira, 18 abril 2025

Pelo terceiro dia, manifestantes protestam em frente à casa de Cauê Macris

Pelo terceiro dia, cerca de 50 manifestantes pediram o impeachment do governador João Doria (PSDB) na frente da casa do presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Cauê Macris, do mesmo partido, nas Chácaras Machadinho, em Americana. Os dois últimos protestos aconteceram nas noites de hoje e domingo. 

Na sexta-feira, bolsonaristas já haviam feito protesto similar no mesmo local. Domingo, a polícia interveio. Não houve confronto. 

Segundo um dos organizadores, o condutor socorrista de ambulância Júnior Veloso, 38, a reivindicação é para Cauê colocar em votação o requerimento para impeachment do governador. “Tudo isso será resolvido dentro da Alesp como tem que ser”, disse Veloso, hoje à noite. 

“Aê Cauê, impeachment do Doria” foi um dos gritos de guerra dos manifestantes hoje. Depois de acenderem o que chamaram de Tocha Pela Liberdade do Povo Paulista e exibirem bandeiras do Brasil, os manifestantes cantaram o Hino Nacional. 

No domingo à noite houve uma instrução para que o grupo de direita, de Santa Bárbara d’Oeste, fizesse um ato em frente ao Centro Cívico de Americana, mas o grupo se recusou a aceitar a sugestão da Polícia Militar. 

No domingo, os manifestantes estavam em 20 veículos, mas não puderam passar na frente da residência do presidente da Alesp. “Enfatizamos que a proibição configuraria censura. Depois de 15 minutos fomos liberados para ir até a frente da casa do deputado Cauê Macris”, informou. 

Representação protocolada na Alesp pelos deputados estaduais do PSL aponta que as medidas adotadas pelo governo estadual para combate ao novo coronavírus suprimiram as liberdades individuais dos cidadãos do Estado, com as restrições de abertura de comércios não essenciais para contenção do coronavírus. 

E que as medidas teriam infringido o direito à privacidade, a partir do rastreamento dos celulares para apurar o deslocamento e comprovar a taxa de adesão da população ao isolamento social. 

OUTRO LADO 

Procuradas hoje, as assessorias do deputado federal Vanderlei Macris e estadual Cauê mantiveram a nota enviada na sexta-feira. 

A nota diz que o governo de São Paulo defende o direito à manifestação, “mas lamenta que ela seja a favor de uma pandemia que já matou, até o momento, 2.375 pessoas no Estado (dado de sexta-feira)”. 

Aponta que a quarentena é essencial e que o Estado prepara um plano de ação de reabertura das atividades a ser implementado de forma gradual e regionalizada. E cita liberação de empréstimos subsidiados e incentivos aos optantes do Simples Nacional. 

A assessoria do PSDB também manteve a nota de sexta, quando classificou o ato como uma “pseudo manifestação”, lamentando que “grupos político-partidários estejam usando a atual crise, na qual já morreram mais de 6 mil pessoas, para fins puramente eleitoreiros, baseados em um pedido de impeachment irreal e despropositado, imitando a estratégia petista de lidar com adversários que tanto fez mal ao Brasil”. 

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