sábado, 19 abril 2025

Manifestantes voltam à casa de Cauê Macris para pedir cassação de Doria

Pelo segundo dia, cerca de 50 manifestantes pediram o impeachment do governador João Doria (PSDB) na frente da casa do presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Cauê Macris, do mesmo partido, no bairro Chácaras Machadinho, em Americana, às 19h deste domingo (3). Na sexta-feira (1º), os bolsonaristas já haviam feito protesto similar no mesmo local. Naquele dia, a informação era de que a residência era do deputado federal Vanderlei Macris. Ontem, a polícia interveio, mas não houve confronto.

Segundo um dos organizadores, o condutor socorrista de ambulância Júnior Veloso, 38, houve uma instrução para que o grupo de direita de Santa Bárbara d´Oeste fizesse o ato em frente ao Centro Cívico de Americana, mas o grupo se recusou a aceitar a sugestão da Polícia Militar.

Os manifestantes estavam em 20 veículos, mas não puderam passar na frente da residência do presidente da Alesp. “Enfatizamos que a proibição configuraria censura. Depois de 15 minutos fomos liberados para ir até a frente da casa do deputado Cauê Macris”, informou.

“Os veículos foram impedidos de adentrar a rua do deputado Cauê Macris, por um rigoroso bloqueio policial, fomos orientados a parar em ruas vizinhas e ir a pé até o local”, informou o Veloso.

O grupo reivindica a admissibilidade do impeachment do governador. Representação protocolada na Alesp pelos deputados estaduais do PSL alega que as medidas adotadas pelo governo estadual para combate ao novo coronavírus suprimiram as liberdades individuais dos cidadãos do Estado, com as restrições de abertura de comércios não essenciais para contenção do coronavírus.

E que as medidas teriam infringido o direito à privacidade, a partir do rastreamento dos celulares para apurar o deslocamento e comprovar a taxa de adesão da população ao isolamento social.

CARREATA

Esse grupo também deve participar de uma carreata envolvendo 23 cidades que deve sair às 17h da Estação ferroviária de Americana às 17h desta segunda-feira (4) em direção à residência do presidente da Alesp.

OUTRO LADO

As assessorias do deputado federal Vanderlei Macris e estadual Cauê não vão se manifestar novamente.

A assessoria do governador mantém a nota enviada na sexta-feira: “O Governo de São Paulo defende o direito à livre manifestação, mas lamenta que ela seja a favor de uma pandemia que já matou, até o momento, 2.375 pessoas no estado (dado de sexta-feira). A manutenção da quarentena até o dia 10 de maio é essencial para que o sistema de saúde comporte a demanda de pacientes com Covid-19. A medida visa preservar o bem mais valioso de todos, que é a vida. O Estado mantém o diálogo com a população e setores de comércio e serviços e prepara um plano de ação de reabertura das atividades a ser implementado de forma gradual e regionalizada. Também já liberou mais de R$ 650 milhões em empréstimos subsidiados para auxiliar empresas a enfrentar a crise e concedeu incentivos a optantes do Simples Nacional, que terão prazo adicional de 90 dias para pagar o ICMS devido”.

A assessoria do PSDB manteve a mesma nota enviada na sexta-feira: “O PSDB de São Paulo defende os princípios democráticos, entre eles a livre manifestação. Lamentamos, no entanto, que grupos político-partidários estejam usando a atual crise, na qual já morreram mais de 6 mil pessoas, para fins puramente eleitoreiros, baseados em um pedido de impeachment irreal e despropositado, imitando a estratégia petista de lidar com adversários que tanto fez mal ao Brasil. Nos solidarizamos ainda ao deputado Cauê Macris, cuja casa foi alvo da pseudo manifestação. O PSDB e o governador João Doria continuarão trabalhando para salvar vidas e ajudar os paulistas a superar a pior crise da história mundial”.

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