No Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, as visitas ganharam um novo significado. Agora, cães terapeutas fazem parte da rotina de pacientes internados, acompanhantes e profissionais de saúde, levando mais do que simpatia, oferecem afeto, conforto e bem-estar emocional.
Terapia com cães: afeto que cura
A ação faz parte do projeto “Patas que Curam”, que chegou à unidade, em parceria com a gestão do hospital. A proposta é simples, mas poderosa: usar o vínculo afetivo entre humanos e cães como uma ferramenta complementar aos tratamentos médicos convencionais, promovendo momentos de leveza e aconchego no ambiente hospitalar.
“A importância do projeto Patas que Curam teve o princípio de a gente trazer aconchego, um pouco mais de felicidade. O cão libera a ocitocina, que é o hormônio do relaxamento. E isso ajuda muito nesse momento de enfermidade”, explica o adestrador Mateus Gardioni, idealizador do projeto.

Visitas semanais e atuação ampliada
As visitas dos cães terapeutas serão realizadas semanalmente no hospital e também na Unacon (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia). Além disso, o projeto atende lares de idosos aos finais de semana. Toda a atividade é acompanhada por uma equipe multiprofissional, garantindo segurança e responsabilidade.
Equipe voluntária e protocolos de segurança
Atualmente, o projeto conta com cerca de 40 voluntários e 22 cães terapeutas ativos. Todos os participantes passam por treinamentos específicos, que envolvem aulas teóricas, práticas e preparação dos animais. Os cães também são rigorosamente higienizados antes de cada visita. “Todos os cães são higienizados com clorexidina 1% no pelo, patas e boca. A equipe também é treinada para garantir total segurança durante o atendimento”, afirma Gardioni.

Um projeto que nasceu para crescer
A ideia surgiu da experiência de Gardioni como adestrador e terapeuta comportamental canino, inspirado por um instituto que forma cães-guia e cães de assistência para crianças com autismo. O trabalho começou de forma individual e ganhou força. “Hoje o Patas que Curam tem 22 cães no projeto, e temos quase 30 pessoas querendo entrar. É um trabalho que cresceu muito”, relata.
Apesar da estrutura e do crescimento, o projeto se mantém de forma totalmente voluntária. Não há envolvimento com doações, patrocínios empresariais ou vínculos políticos,. É muito importante ressaltar que o projeto é totalmente voluntário. A gente não aceita nenhum tipo de doação ou patrocínio, nem político, nem de empresas privadas”, destaca.
O amor como parte do tratamento
O projeto é realizado no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, administrado pelo Grupo Chavantes, por meio de gestão compartilhada com a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Americana.
Com rabo abanando, carinho no olhar e muito treinamento, os cães do “Patas que Curam” provam, a cada visita, que o amor também é parte fundamental do tratamento.





