sexta-feira, 14 novembro 2025
TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS

Projeto ‘Patas que Curam’ leva carinho e conforto a pacientes do Hospital Municipal de Americana

Iniciativa voluntária promove bem-estar emocional por meio da Terapia Assistida por Cães, em parceria com o projeto Patas que Curam
Por
Andressa Oliveira

No Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, as visitas ganharam um novo significado. Agora, cães terapeutas fazem parte da rotina de pacientes internados, acompanhantes e profissionais de saúde, levando mais do que simpatia, oferecem afeto, conforto e bem-estar emocional.

Terapia com cães: afeto que cura
A ação faz parte do projeto “Patas que Curam”, que chegou à unidade, em parceria com a gestão do hospital. A proposta é simples, mas poderosa: usar o vínculo afetivo entre humanos e cães como uma ferramenta complementar aos tratamentos médicos convencionais, promovendo momentos de leveza e aconchego no ambiente hospitalar.

“A importância do projeto Patas que Curam teve o princípio de a gente trazer aconchego, um pouco mais de felicidade. O cão libera a ocitocina, que é o hormônio do relaxamento. E isso ajuda muito nesse momento de enfermidade”, explica o adestrador Mateus Gardioni, idealizador do projeto.

Atualmente, o projeto conta com cerca de 40 voluntários e 22 cães terapeutas ativos. Foto: Projeto Patas que Curam

Visitas semanais e atuação ampliada
As visitas dos cães terapeutas serão realizadas semanalmente no hospital e também na Unacon (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia). Além disso, o projeto atende lares de idosos aos finais de semana. Toda a atividade é acompanhada por uma equipe multiprofissional, garantindo segurança e responsabilidade.

Equipe voluntária e protocolos de segurança
Atualmente, o projeto conta com cerca de 40 voluntários e 22 cães terapeutas ativos. Todos os participantes passam por treinamentos específicos, que envolvem aulas teóricas, práticas e preparação dos animais. Os cães também são rigorosamente higienizados antes de cada visita. “Todos os cães são higienizados com clorexidina 1% no pelo, patas e boca. A equipe também é treinada para garantir total segurança durante o atendimento”, afirma Gardioni.

As visitas dos cães terapeutas serão realizadas semanalmente no hospital e também na Unacon . Foto: Ana Machado/TV TODODIA

Um projeto que nasceu para crescer
A ideia surgiu da experiência de Gardioni como adestrador e terapeuta comportamental canino, inspirado por um instituto que forma cães-guia e cães de assistência para crianças com autismo. O trabalho começou de forma individual e ganhou força. “Hoje o Patas que Curam tem 22 cães no projeto, e temos quase 30 pessoas querendo entrar. É um trabalho que cresceu muito”, relata.

Apesar da estrutura e do crescimento, o projeto se mantém de forma totalmente voluntária. Não há envolvimento com doações, patrocínios empresariais ou vínculos políticos,. É muito importante ressaltar que o projeto é totalmente voluntário. A gente não aceita nenhum tipo de doação ou patrocínio, nem político, nem de empresas privadas”, destaca.

O amor como parte do tratamento
O projeto é realizado no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, administrado pelo Grupo Chavantes, por meio de gestão compartilhada com a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Americana.

Com rabo abanando, carinho no olhar e muito treinamento, os cães do “Patas que Curam” provam, a cada visita, que o amor também é parte fundamental do tratamento.

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