segunda-feira, 10 fevereiro 2025

Região abre 2022 com leve alta em contratações

Comércio, por outro lado, é o setor que mais demite este ano, aponta levantamento do Caged

A cidade de Americana apresentou um saldo positivo de 0,36% em relação ao mesmo período do ano passado (Foto: Arquivo/ TodoDia Imagem)

O comércio foi o setor que mais sentiu a onda da variante Ômicron do coronavírus nas primeiras semanas do ano, segundo apontam dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), apresentados nesta quinta-feira (10) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Foi o primeiro balanço do ano sobre os índices de admissões e demissões de trabalhadores com carteira assinada em todo o país, referentes a janeiro.

A cidade de Americana apresentou um saldo positivo de 0,36% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram, segundo os números oficiais do governo, 3.384 admissões na cidade, contra 3.118 desligamentos, num saldo positivo de 266 vagas. O setor que mais empregou na cidade a construção civil, que cresceu 3,89% se comparada a 2021. O único setor que mostrou retração foi o comércio, que apresenta leve retração de 0,94%.

Um ponto em comum entre quase todos municípios da região, é a retração do comércio.

Santa Bárbara d’Oeste apresentou saldo positivo geral de 0,67% nos empregos, mas viu seu comércio encolher 0,63% no primeiro mês do ano. O mesmo se repete em Sumaré, que melhorou 0,19% no índice geral e negativou em 0,16% no desempenho de seu comércio. Nova Odessa foi a única que apresentou piora no saldo geral, – 0,53%, e viu uma queda ainda mais acentuada no desemprego do setor comercial: -1,01%.

Para o presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana), Wagner Armbruster, a explicação está na rápida propagação da variante Ômicron, que chegou forte ao país logo após as festas de final de semana. “O ano de 2021 foi de muitas incertezas, pois estávamos bem no meio da pandemia. Neste ano, embora tudo caminhasse para a volta da normalidade, a variante Ômicron também gerou insegurança no mercado”, analisa.

No entanto, o presidente da associação comercial americanense acredita que os próximos meses devem apresentar melhoras nesse cenário. “A expectativa daqui em diante é positiva. Acreditamos que, com a aproximação do fim de todas as restrições, o mercado volte a respirar a normalidade e tenha condições de crescer, consequentemente, gerando novos empregos”, prevê Armbruster.
Em todo o Brasil, o comércio mostrou saldo negativo de 0,63%.

LADO BOM
Se por um lado o comércio mostrou recuo na geração de vagas, Industria e construção civil fizeram o caminho contrário.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Americana, Rafael de Barros, frisa que isso tem a ver com uma movimentação oposto ao que ocorreu com o setor de comércio. “Em dezembro tem desaceleração da indústria e da construção. Em janeiro, e comum uma retomada mais forte”, analisa.

Desaceleração é registrada em todo país
O país registrou uma criação líquida de 155,1 mil empregos com carteira assinada em janeiro, o que representa desaceleração em relação ao mesmo mês do ano passado. O resultado ficou 38% abaixo do registrado em janeiro de 2021, quando o saldo líquido foi de 254,3 mil. O saldo neste mês é resultado de 1,7 milhão de contratações e 1,6 milhão de desligamentos.

Na distribuição geográfica, as regiões que mais criaram postos de trabalho em janeiro e foram o Sul (com abertura de 58,7 mil vagas). Em seguida, ficaram Sudeste (52,6 mil), Centro-Oeste (33,8 mil), Nordeste (5,3 mil) e Norte (2,4 mil).

O salário médio de admissão no país está em R$ 1.920,59 abaixo em 1,2% do valor calculado há um ano.

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