Grupo envolve representantes do Poder Público e instituições privadas de saúde de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa
Representantes do Poder Público e de instituições de saúde privadas d de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa formaram na última semana um Comitê Técnico de Covid-19 para discutir o cenário da pandemia nesses municípios e medidas de combate à doença.
Na análise do presidente da AMA (Associação Médica de Americana), Renato Monteiro, mesmo após quase 16 meses de pandemia, a medida não é tardia, já que, para ele, o momento é o pior desde março do ano passado.
A formação do Comitê ocorreu na sede da AMA na terça-feira da semana passada, mas só foi divulgada nesta quarta-feira.
No primeiro encontro, participaram, além da AMA, representantes das prefeituras de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa, dos hospitais Unimed, São Lucas, São Francisco e Santa Casa, e da Associação Paulista de Medicina (APM).
O encontro, inclusive, ocorreu antes do pico de internações registrado no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, que chegou a quase dobrar sua capacidade normal de atendimento na enfermaria no final de semana e anteontem.
PONTOS CRÍTICOS
De acordo com informações da prefeitura de Americana, na reunião, cada instituição apresentou os pontos críticos que vem enfrentando, como o aumento dos casos da doença e, consequentemente, a demanda cada vez maior por vagas nos hospitais, tanto de leitos de enfermaria como de cuidados intensivos.
Além disso, foi debatida a “previsível situação de desgaste e escassez das equipes médicas e de apoio”.
Ainda que com a vacinação avançando e com a pandemia já durando 16 meses, o presidente da AMA disse que a medida foi tomada agora porque o cenário atual é o pior da pandemia e é preciso alertar a população sobre isso.
“A impressão que tenho é que estamos no pior momento agora. Nunca tivemos assim toda nossa capacidade ocupada, se expandiu tudo que era possível, as alas já foram ampliadas e não tem mais onde colocar pacientes. Então, notando a dificuldade dos hospitais, que estão com a capacidade basicamente esgotada, e a ideia é realmente fazer alguma coisa para a cidade e chamar a atenção para o público. Porque o público não está mais acreditando, está achando que a pandemia acabou”, afirmou o médico Renato Monteiro.
De acordo com o secretário de Saúde de Americana, Danilo Carvalho Oliveira, o comitê foi formado para unir forças e propor ações conjuntas contra o avanço da pandemia nessa microrregião. “Nós nos reunimos na semana passada e discutimos estratégias para uma situação epidemiológica bastante alarmante. O objetivo é realizarmos encontros periódicos para ajustarmos ações conjuntas de enfrentamento a essa pandemia”, disse.