sexta-feira, 24 outubro 2025
PREVENÇÃO

Região recebe R$ 34 milhões para modernização do abastecimento de água

Recursos serão aplicados em Santa Bárbara d’Oeste, Campinas e Piracicaba
Por
Felipe Gomes

Os municípios de Santa Bárbara d’ Oeste, Campinas e Piracicaba receberam mais de R$ 34 milhões para obras de modernização e ampliação dos sistemas de abastecimento da região. Os investimentos viabilizados, pelos Comitês PCJ, visam reduzir perdas nos sistemas municipais. 

Santa Bárbara
Em Santa Bárbara d’Oeste, o DAE (Departamento de Água e Esgoto) será responsável pela setorização da rede de abastecimento e implantação de distritos de medição e controle. O valor total da obra é de R$ 6,4 milhões, dos quais R$ 6 milhões serão repassados pelos Comitês PCJ. Segundo o secretário-executivo dos Comitês, Denis Herisson da Silva, a medida é fundamental para reduzir desperdícios.

“Não adianta a gente ir atrás de novas fontes de água se a gente está perdendo metade dela. No momento que Santa Bárbara do Oeste busca esses recursos, vêm buscar mudar esse cenário dentro do município. É interessante porque você verifica os municípios se movimentando para combater as perdas de água”, afirma Denis.

Recursos serão aplicados em Santa Bárbara d’Oeste, Campinas e Piracicaba. Foto: Reprodução

Sanasa
Em Campinas, a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Agua e Saneamento) receberá R$ 12 milhões para a substituição de redes e ligações de água no bairro Vila Industrial. Com contrapartida municipal, o investimento total chega a R$ 17,7 milhões.

Maior aporte
Já Piracicaba receberá o maior aporte com R$ 16 milhões. O Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) aplicará os recursos na substituição de redes de distribuição e na troca de ramais no bairro Vila Independência, utilizando o Método Não Destrutivo (MND), técnica que reduz o impacto das obras. O valor total do empreendimento será de R$ 17,7 milhões.

Prevenção
Denis explica que o controle de perdas é uma ação contínua e estratégica, necessária mesmo em cidades que já possuem bons índices de eficiência.“O controle de perdas não tem fim. É uma coisa que tem que estar dentro do planejamento do município. Mesmo cidades com excelente controle, como Campinas, continuam investindo para manter esse nível”, disse.

Índices
Segundo o secretário-executivo, os índices médios de perdas na região chegam a 30% da água tratada, podendo superar 50% em alguns municípios. Por isso, o plano de bacias 2020-2035 dos Comitês PCJ estabelece prioridades claras, incluindo o controle de perdas, modernização de estações de tratamento de esgoto, sistemas de drenagem e ações ambientais, como o plantio de matas ciliares.

“Você não pode só captar água e perder metade na rede de abastecimento. É um processo caro, você gasta para tratar a água, mantém equipes, estruturas e manutenção. Investir no controle de perdas significa buscar sustentabilidade, gerar mais receita e garantir maior segurança hídrica à população”, destaca Denis.

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