sábado, 20 abril 2024

RMC gera 6,6 mil vagas no primeiro bimestre, alta de 56%

A economia nos 20 municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas) dá sinais de voltar a girar.

Ao menos é o que indica o saldo de empregos com carteira assinada em janeiro e fevereiro, registrado pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e divulgado na última segunda-feira pelo Ministério da Economia. Mais de 6,6 mil postos de trabalho foram preenchidos na região durante o primeiro bimestre do ano.

O número é 55,9% maior que os 4,2 mil registrados no mesmo período do ano passado.

Fevereiro apresentou o melhor desempenho neste relatório de dados. No primeiro mês de 2019, foram 1,5 mil pessoas contratadas – número superado com folga em fevereiro, quando 5 mil vagas foram preenchidas.

É o melhor desempenho do mês nos últimos cinco anos.

O setor de serviços foi o que mais se destacou, com a contratação de mais de 4 mil profissionais nos dois primeiros meses do ano, seguido pela indústria de transformação, responsável por 2,5 mil novos cargos preenchidos no mesmo período.

Para o economista e diretor da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), Laerte Martins, os dados de fevereiro sinalizam uma recuperação tímida da economia, que estava “deprimida” desde 2015, segundo ele.

“O desemprego estava com muita força e isso desanimou muito o mercado de fazer contratações. Os números de fevereiro dão uma expectativa de que o mercado já começa a se movimentar mais e cria um pouco mais de esperança na geração de emprego em 2019, já que fevereiro foi melhor que janeiro”, explicou.

Campinas lidera o bom desempenho da região, com a geração de 1.931 postos de trabalho com carteira assinada.

O total representa uma alta de 63% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram gerados 1.178 empregos na cidade.

O pior resultado ficou com Paulínia, que no ano passado perdeu 109 vagas. Nos dois primeiros meses de 2019, 631 postos de trabalho foram fechados.

Apesar de ruim, o resultado é melhor que o do mesmo período do ano passado, quando o saldo entre as demissões e contratações foi de 819 profissionais desligados.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Paulínia informou que tem atuado junto ao empresariado local para gerar empregos para moradores da cidade.

Para a pasta, a recuperação no último ano é resultado das novas políticas para a geração de novos postos de trabalho.

A previsão da Administração Municipal é de que os dados de Paulínia melhorem nos próximos meses.

A Administração também ressaltou que os reflexos da Operação Lava Jato sobre a Petrobrás afetaram a economia na cidade.

“Por abrigar a maior Refinaria da Petrobras, a Replan (Refinaria do Planalto Paulista), a economia local acaba sendo afetada, já que a empresa contrata menos pessoas. Com isso, toda a cadeia produtiva é prejudicada, o que se traduz também nos números de empregabilidade”, informou em nota.

 
 

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