O novo presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC (Região Metropolitana de Campinas), Angelo Perugini (PSD), disse que o foco dos prefeitos está concentrado em aumentar em 30% a oferta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com Covid-19, aos mesmos patamares de agosto do ano passado.
O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Patriotas), mencionou o temor de a cidade voltar para a fase vermelha do Plano São Paulo, quando podem funcionar apenas os serviços essenciais.
“Nosso foco agora é garantir que os leitos de UTI da região sejam recuperados e voltar ao que tínhamos em agosto. Nossa meta é ampliar em mais 30% número de leitos da região nesse momento”, disse Perugini.
Saadi não escondeu sua preocupação com a ocupação dos leitos, que chegou a 90% em Campinas. “Se a variação de fase do Plano São Paulo fosse feito hoje estaríamos na fase laranja, com preocupação de chegar na vermelha”, disse Saadi.
No auge da pandemia em julho e agosto, disse Saadi, Campinas dispunha de 150 leitos de UTI da prefeitura e 93 do estado. Hoje, conta com 86 leitos e deve chegar a 90 no município e apenas 17 na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
“Precisa aumentar um pouco”, disse Saadi ao secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. O governo do estado prometeu ampliar esse número nos próximos dias.
“Se tiver um pico de caso aí, a gente pode entrar em colapso, com gente na fila de UTI. E, segundo, se tiver uma reavaliação de fases, por conta dos nossos leitos atuais serem em número bem menor, nós vamos estar com 90%, 100% de ocupação. E aí vamos voltar para a fase vermelha. Complica tudo. Todo mundo sabe a dificuldade que é lidar com essa história de fechar atividades e atender a saúde ao mesmo tempo”, desabafou Saadi.
Outra preocupação de Perugini é que as vacinas enviadas ao município não serão suficientes para atender a demanda. Por isso, a prioridade é funcionar os funcionários da saúde.
Aliás, esta é a mesma preocupação de Saadi. “Fizemos uma lista de prioridades. Primeiro os que trabalham na linha de frente, hospitais, clínicas, centros de saúde e UPAs e hospitais particulares também”, disse Saadi. Em Campinas, são 60 mil profissionais de saúde atuantes.