A RMC (Região Metropolitana de Campinas) teve saldo de vagas positivo na construção civil em junho, depois de queda em maio. De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) o setor, responsável por mais de 9% do PIB (Produto Interno Bruto) e segundo maior gerador de empregos, contratou 1.929 pessoas em junho. O número de demissões foi de 1.905, resultando em saldo positivo de 24 vagas. Foi o segundo mês do ano que o setor contrata mais que demite.
O saldo positivo na RMC foi puxado por Paulínia, com 489 admissões, contra 88 demissões, resultando na abertura de 401 vagas no mês passado. Artur Nogueira, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Monte Mor e Santa Bárbara D’Oeste também tiveram mais contratações que demissões.
Campinas, encerrou junho com 130 postos de trabalhos fechados – 563 admissões contra 693 demissões. No entanto, o número foi menor em relação a maio, quando o saldo ficou negativo em 239 vagas, com 625 contratações e 864 demissões.
De acordo com Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp (Associação Regional da Construção de Campinas e Região), o aumento do IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano) também atrapalhou o resultado de Campinas. “Campinas sofreu com essa cobrança de IPTU fora do normal e isso assustou parte do invesimentos na cidade, mas a região ganhou com isso, pois os investidores foram para outras cidades da região em busca de custos menores”, avaliou.
No acumulado de janeiro a junho, a construção civil na RMC tem saldo negativo de 1.210 postos. O setor contratou ao longo deste ano 11.232 trabalhadores, mas desligou 12.442.
Para Filho, o saldo positivo de junho ainda é pequeno diante do quadro de desemprego em toda a região.
Segundo o presidente da entidade, as perspectivas de melhora são boas, diante do grande número de lançamentos imobiliários em andamento. “É importante lembrar que o prazo entre o lançamento e o início das obras de um empreendimento imobiliário é de três a cinco meses. Por isso projetamos um número maior de contratações ao longo dos próximos meses”, explicou.
Ele ressaltou que a recuperação das vagas não é tão simples e que vai pelo menos mais um semestre para tentar recuperar as vagas que foram perdidas nesse período, mas não para voltar aos patamares de antes da crise.