sábado, 27 abril 2024

Romi aposta no setor eólico

Apostando no crescimento do mercado de energia eólica no País, a Indústrias Romi de Santa Bárbara d’Oeste anunciou ontem que vai intensificar seus investimentos na fabricação de fundidos estruturais de grande porte. O objetivo é se posicionar no mercado como uma fornecedora capaz de entregar as peças necessárias para o “próximo passo” do segmento.
De acordo com o diretor da Unidade de Fundidos e Usinados da Romi, Francisco Vita, a empresa fabrica atualmente o nacelle, uma espécie de caixa que fica em cima da estrutura e contém todos os componentes elétricos para que a torre de captação eólica funcione. A fábrica de Santa Bárbara também produz o cubo rotor, peça onde são fixadas as pás de caotação. As peças de ferro fundido variam entre 12 e 20 toneladas.
Com o investimento, a unidade foi preparada para produzir, de forma seriada, peças de até 40 toneladas. “Nos últimos 10 anos de energia eólica mais consolidada no País, você começa a ter a base de dados para perceber que os ventos do Brasil são muito bons, constantes e de uma potência considerada razoável. Quando começou (a implantação) não conheciam o vento, vieram com turbinas menores. Hoje já se sabe que temos ventos de qualidade suficiente para termos aqui as turbinas offshore, dentro do mar. (…) Conforme aumenta a potência, esses dois itens (produzidos pela fábrica) aumentam de tamanho. (…) Nossa fábrica já vem se preparando para isso”, explicou Vita.
Desde 2009 a empresa já entregou mais de 47 mil toneladas de ferro fundido em cubos de rotor e bases de nacelles para os fabricantes de aerogeradores tanto do Brasil quanto do exterior.
FUTURO
A produção dos equipamentos pela fábrica é contínua. Nos momentos mais aquecidos do mercado, chegou a ser de 25 peças por semana. Como não houveram leilões no final do ano passado a demanda caiu, e atualmente o número de peças produzidas gira em torno de 10 a 12 semanalmente.
A expansão da produção depende da demanda futura. No próximo dia 31 de agosto acontece o leilão A-6 do Governo Federal para projetos de fornecimento de energia a partir de 2024. A expectativa é pela contratação de empresas focadas na energia eólica.
“A demanda a gente não sabe se vai ser muita ou pouca, porque depende dos leilões do Governo. (…) É uma indústria que confiamos plenamente. Não temos dúvida de que a matriz energética mudou”, afirmou Vita.
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