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A juíza Camilla Marcela Ferrari Arcaro pode decidir nesta terça-feira (24) se o policial penal Dirceu Vieira dos Santos, de 59 anos, será levado a júri popular. O assunto será discutido durante audiência virtual de instrução, debates e julgamento, que será realizada no Fórum de Santa Bárbara d’Oeste.
O réu foi acusado de agredir sua esposa e mantê-la refém em um apartamento no Condomínio Villa Bérgamo, localizado no Jardim Firenze, na mesma cidade, na noite de 31 de agosto do ano passado.
O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar chegou a invadir o apartamento para resgatar a vítima e prender o acusado. Atualmente, ele está custodiado na Penitenciária “Dr. José Augusto Salgado” – Tremembé II.
O promotor Rodrigo Aparecido Tiago pediu, na denúncia, que o réu responda por tentativa de feminicídio, tortura, recurso que dificultou a defesa da vítima e violência doméstica.
Dirceu já estava aposentado e, apesar de não exercer sua função, mantinha em sua residência, em desacordo com determinação legal e regulamentar, um revólver registrado em nome de outra pessoa.
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o denunciado, na noite do ocorrido, dirigiu-se até a cozinha do apartamento do casal e surpreendeu a esposa, pegando-a pelos cabelos e arrastando-a até o sofá da sala. Depois, deu um soco na cabeça da vítima.
A mulher tentou se desvencilhar do marido, mas acabou caindo no corredor de acesso aos quartos. Naquele momento, o homem, que já portava uma arma, deu dois disparos na direção dela, mas os projéteis atingiram a parede.
As equipes da Polícia Militar foram acionadas e mantiveram contato com o agressor até a chegada do Gate. Com a utilização de explosivos, a equipe conseguiu desmontar a barricada que ele havia feito na entrada do apartamento.
A vítima foi encontrada trancada em um banheiro, ferida na cabeça devido às agressões. A mulher foi socorrida pela equipe e levada ao Pronto-Socorro Dr. Edison Mano.
O suspeito foi encontrado sentado no sofá com uma arma calibre .38 carregada e mais seis munições intactas.
A TV TODODIA procurou a defesa do réu, mas não se pronunciou até a publicação desta matéria.