sexta-feira, 14 fevereiro 2025

Seguro de carro também fica até 30% mais caro

Valorização de seminovos e usados influencia, dizem corretores da região 

Com a valorização de até 20% no valor dos carros seminovos e usados durante a pandemia, aumentaram também o valor dos seguros de veículos, calculados com base na tabela Fipe (Foto: Divulgação)

A funcionária pública aposentada Suzana Aparecida Pereira, 61, renovou o seguro do seu New Fiesta Sedan 2014 em janeiro. No ano passado, o valor do seguro era de R$ 1.400 e neste ano ela ficou surpresa com os R$ 2.040 pagos pela mesma configuração de cobertura da apólice anterior.

“Todo ano faço meu seguro em cima da apólice do ano anterior, com cobertura completa. Até pensei em trocar de seguradora, mas as outras opções eram mais caras”, afirma.

Com a valorização de até 20% no valor dos carros seminovos e usados durante a pandemia, aumentaram também o valor dos seguros de veículos, calculados com base na tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que estipula os preços médios de automóveis.

Os corretores de seguros Célio Donizette Oliveira, de Americana, e Marcos Paulo de Freitas, de Santa Bárbara, confirmam que houve um aumento no valor pago por apólices de seguros veiculares nos últimos 12 meses. Ambos afirmam que percentual médio pode ir de 15% a 30%.

“Esse aumento é devido a grande valorização da Fipe dos veículos, do aumento da mão-de-obra especializada nas oficinas, bem como o grande aumento de custo nos valores de peças de reposições. Outro fator está no aumento de roubo e furto dos veículos em nossa região”, diz Freitas. “O preço dos insumos aumentou muito, sofremos com o problema de falta de peças e de todo tipo de carro, tanto dos novos quanto dos usados”, completa Oliveira.

Apesar do aumento, o perfil de consumo dos clientes não variou muito. Os corretores dizem que a maior parte das pessoas que atendem permaneceram com a mesma configuração de seguro que já possuíam. “No cenário atual ainda não se constatou uma grande alteração nas coberturas para assim gerar uma redução de custo. Os clientes ainda fazem a opção em 90% das situações para o seguro completo”, conta Freitas.

“Algumas pessoas fizeram algumas modificações, escolhendo opções com menos benefícios. Mas a maioria acaba entendendo o reajuste”, afirma Oliveira.

A administradora Maria José Rodrigues Lopes, 50, vai renovar o seguro do HB20 sedan, ano 2016, em abril e já pensa em alternativas para não sentir tanto o impacto do aumento no valor das apólices.

“A nossa preocupação sempre é com terceiros, com esse trânsito maluco. Ficar sem seguro não é uma opção. Já tive problema de perda total do automóvel e sei como é precisar do seguro. Ainda mais que o carro é usado com uma frequência grande em casa”, diz.

Ela explica que a corretora responsável por seu seguro sempre faz mais de uma cotação e ela acaba optando pela alternativa mais barata. No ano passado, Maria José gastou R$ 1.600. Se mantiver a mesma apólice, pode pagar cerca de R$ 2.080 em 2022.

“Se mesmo assim o valor estiver alto, talvez mudar de modalidade de seguro, reduzindo o valor do sinistro ou aumentando a franquia. Em último caso, reduzir a apólice para cobertura apenas de danos de terceiros”, avalia. 

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