quinta-feira, 25 abril 2024

Seis idosos morrem em asilo por Covid-19 em Hortolândia

Seis idosos que moravam na casa de repouso Lar Feliz 1, no Chácaras Luzitana, em Hortolândia, morreram por coronavírus. No total, foram 19 infectados na instituição, segundo a administração. Os outro 13 passam bem e estão se recuperando. O local tem 27 idosos. Nenhum dos 14 funcionários foi infectado. 

As vítimas são quatro homens e duas mulheres, todos com mais de 76 anos. Três deles foram levados para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento de Nova Hortolândia) e três faleceram na casa de repouso. Todos os moradores do asilo têm comorbidades. Os resultados dos exames chegaram na segunda-feira (4). 

Segundo Bárbara Aparecida da Silva, proprietária do local, quatro mortes aconteceram em abril e as duas últimas domingo (3) e segunda-feira (4). Após a quarta morte, dia 25, a prefeitura forneceu testes para todos moradores e funcionários da instituição. 

“Uma fatalidade, a gente sente muito pelos que faleceram, principalmente por não poder fazer um velório digno”, diz Bárbara. Ela conta que apesar de tudo, o resultado dos exames trouxe mais controle para a instituição. 

Dos 13 infectados, três já estão curados e o restante em isolamento. Os idosos não infectados têm um isolamento mais flexível e tomam sol.  

“Podemos trabalhar melhor sabendo quem está contaminado”, explica. A proprietária do asilo acredita que um dos idosos foi infectado pelo vírus ainda em março, quando eram liberados para realizar consultas de rotina em unidades de saúde do município. “Estavam fazendo exames, a gente acredita que foi aí”, já que nenhum funcionário foi contaminado. 

Além dos idosos já terem outras doenças, os infectados não apresentaram sintomas tradicionais do coronavírus, revela Bárbara. “Apresentaram sintomas parecidos com os que já tinham. Sintomas esperados no quadro dos idosos”, explicou. 

A prefeitura e a Vigilância Sanitária foram elogiadas pela proprietária pelo auxílio. “Dão suporte, nos orientam sempre da melhor maneira, como lidar, quem encaminhar pro pronto socorro”, afirmou. 

Um médico vai diariamente ao asilo e observa os pacientes. “Se é assintomático ou sintoma leve a gente isola, moderado a gente encaminha para hospital”, aponta Bárbara. 

Outro desafio, diz ela, é tentar manter a saúde mental dos moradores do local. “Eles sentem a restrição de visitas. Falam ‘minha filha esqueceu de mim’. Temos feito chamadas de vídeo com familiares. Muitos perguntaram dos nossos equipamentos. A gente explica que é para proteger, falamos que tem um vírus que eles não podem pegar. Estamos aqui para protegê-los, temos psicólogas que ajudam também”, finaliza. 

A prefeitura informou que “todos os casos relacionados a locais que abriguem grande número de pessoas e/ou pessoas de grupos de risco são monitorados pela Secretaria de Saúde, de acordo com os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde”.  

Dentre as ações e orientações do protocolo estão proibição de visitas de familiares, cuidados e envio de relatórios diários sobre o estado dos internos. 

Moradores e funcionários que tiveram contato com infectados também serão monitorados pela Secretaria de Saúde. “A Secretaria de Saúde reforça que não irá divulgar dados pessoais de pacientes ou vítimas em respeito à privacidade das famílias”. 

No mês passado, o prefeito Angelo Perugini (PDT) confirmou uma morte por coronavírus que era a primeira de uma moradora do asilo, uma mulher de 86 anos, no dia 13 de abril.  

NOVA ODESSA 

Nova Odessa informou hoje que apura morte suspeita de idoso de 76 anos que morava em uma casa de repouso e faleceu na segunda-feira (4) na Unidade Respiratória do município.   

Segundo a prefeitura, “assim como outros asilos registrados na Vigilância Sanitária, a casa em que morava o paciente recebe acompanhamento permanente de equipes volantes da Atenção Básica. No mês passado, enfermeiros percorreram as casas e imunizaram os idosos contra a gripe”. 

Na manhã desta terça (5), agentes do órgão estiveram na casa de repouso, que é formada por dois imóveis. Segundo eles, o paciente vivia sozinho em um deles e outras seis idosas, em outro. 

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