A origem de Sumaré remonta ao final do século 18, quando as terras cortadas pelo Ribeirão Quilombo foram ocupadas pelas sesmarias. Com o tempo, as fazendas brotaram ao redor da Vila de São Carlos – nome antigo de Campinas.
O desenvolvimento foi notável em meados do século seguinte, quando os imigrantes europeus se estabeleceram nas roças do milionário ciclo cafeeiro, Interior adentro.
Os portugueses e os italianos eram os principais grupos migrantes, mas também havia russos, alemães, austríacos, espanhóis e norte-americanos.
O marco histórico da fundação de Sumaré foi a inauguração, no dia 26 de julho de 1868, de uma capela construída em louvor a Nossa Senhora de Sant’Ana.
No ano de 1875, com a inauguração da estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, o povoado teve um progresso vertiginoso. A estação, aliás, levada o nome de Rebouças – referência a Antônio Pereira Rebouças, um dos mais importantes engenheiros brasileiros.
No entorno havia comércio, olarias, madeireiras. Em 1909, a vila se tornou um distrito de paz de Campinas e, em 1914 a Igreja de Sant’Ana foi elevada à condição de paróquia. Em meados de 1920, o povoado já tinha energia elétrica, subprefeitura, iluminação pública, posto policial, cartório, serviço telefônico, escola, pronto-socorro e banda de música.
Na década de 30, a indústria era pujante: havia beneficiadoras de arroz e café, ferraria, fábrica de bebidas. Na zona rural havia engenhos de pinga e açúcar, serrarias, monjolos, moinhos de fubá. E a produção agrícola seguia forte.
Rebouças mudou de nome por meio de um plebiscito de 1945. A legislação impedia que dois povoados tivessem o mesmo nome no país, e já havia uma Rebouças no Paraná. O nome Sumaré fazia referência a uma espécie de orquídea comum na região.
O distrito alcançou sua emancipação político- administrativa no dia 1° de janeiro de 1953 e deixou de ser distrito de Campinas.
Explosão Demográfica e desenvolvimento
Foi a partir daqueles anos 50 que Sumaré passou a registrar um crescimento vertiginoso. A explosão demográfica aconteceu basicamente pelo desenvolvimento industrial acelerado de toda a região. A prefeitura, então, incentivava a criação de loteamentos, em diversos pontos do território, mesmo nas regiões afastadas do Centro. Para Sumaré, se mudaram migrantes do Brasil inteiro. A exemplo das vizinhas, o município passou a atrair indústrias multinacionais de ponta, e ao redor delas se instavam dezenas e outras indústrias. O município cresceu muito, e começaram a surgir problemas. A administração era incapaz de dotas de infraestrutura básica os bairros que brotavam a cada dia. Sumaré se tornou uma cidade grande, com núcleos populacionais dispersos pelo território. A integração da cidade passou a ser um desafio para os prefeitos que assumiam o cargo. Assim surgiu, na comunidade, o movimento que acabou, em 1991, com a emancipação política e administrativa de Hortolândia, por exemplo. Ainda na busca da integração definitiva dos diversos núcleos urbanos, o governo atual investe pesado em obras viárias, saneamento básico e serviços, procurando dotar todos os moradores de infraestrutura urbana. A Sumaré de 2020 é uma cidade de 282.062 habitantes – a segunda população da Região Metropolitana de Campinas -, de economia forte, indústria diversificada e alto índice de desenvolvimento humano.
282.062 É O TOTAL DE HABITANTES, DE ACORDO COM O IBGE