segunda-feira, 10 fevereiro 2025

Relatório coloca barragens em situação de risco e dano potencial

No Estado de São Paulo, a Agência Nacional de Águas apontou 12 barragens que causam maior preocupação; duas são de Sumaré

ANA | Barragem da represa Marcelo Pedroni tem elevado risco, aponta relatório (Foto: Divulgação)

Relatório da Agência Nacional de Águas (ANA) colocou barragens de Sumaré na Categoria de Risco (CRI) e Dano Potencial Associado (DPA) altos. A instituição divulgou estudo na segunda-feira (25) e informou dados sobre a fiscalização de barragens no país. No Estado de São Paulo, a Agência elencou 12 barragens que causam maior preocupação, entre elas, duas são de Sumaré.

As barragens Horto Florestal, no Jardim Paulistano, e Marcelo Pedroni, no Parque Franceschini, apresentaram CRI e DPA altos, de acordo com o relatório. A Categoria de Risco tem foco na estrutura da unidade e considera características técnicas, estado de conservação do empreendimento e atendimento ao plano de segurança da estrutura.

Já a categoria de Dano Potencial Associado foca na área afetada ao redor do empreendimento, de acordo com potencial de perdas de vidas humanas e impactos econômicos, sociais e ambientais decorrentes da ruptura da barragem.

As barragens com situação classificada como mais preocupantes não necessariamente apresentam risco de rompimento, de acordo com a ANA. As duas estruturas em Sumaré apresentaram critérios suficientes para classificação em CRI e DPA. Os empreendedores de ambas alegaram não ter recursos, de acordo com a agência.

No Brasil, a agência classificou 187 barragens como mais preocupantes. A fiscalização nas unidades visa assegurar o comportamento adequado de empreendedores quanto ao cumprimento da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB).

De acordo com a ANA, a fiscalização verificou que o número de inspeções realizadas em 2021 foi inferior ao dos anos anteriores. “Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia no ano de 2021, é de fundamental importância que os empreendedores inspecionem suas barragens quanto a sua segurança, e essas informações sejam remetidas aos fiscalizadores e inseridas no o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB)”, informou no relatório.

No Estado de São Paulo, as barragens classificadas com CRI ou DPA altos são de municípios como Aparecida, Iracemápolis, Lindóia, Rancharia e Holambra, além de Sumaré.

A Prefeitura de Sumaré informou em nota que realiza ações preventivas nas barragens e áreas ambientais. De acordo com o comunicado, as barragens passam periodicamente por inspeção da Defesa Civil Estadual, em conjunto com a Municipal, a fim de identificar e sanar possíveis desgastes.

Segundo a administração, nos períodos mais chuvosos, o acompanhamento é diário, para verificar as condições estruturais das barragens, além disso, a concessionária responsável pelo serviço de água e esgoto na cidade realiza manutenção preventiva e corretiva dos espaços, que são outorgados por ela.

As Secretarias Municipais de Sustentabilidade e Defesa Civil implantaram uma Comissão de Acompanhamento, que vistoria e faz o monitoramento de toda e qualquer ação e espaço que pode gerar impacto ambiental, conforme informações da prefeitura.

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