quarta-feira, 24 abril 2024

TRE convoca 6,1 mil mesários da região para eleições em outubro

Funcionários convocados têm direito a dois dias de folga para cada dia trabalhado ou de treinamento  

A Justiça Eleitoral vai disponibilizar treinamento através do aplicativo chamado “Mesários” (Foto: Divulgação)

Há cerca de três meses da votação das eleições de 2022, a Justiça Eleitoral iniciou nesta semana a convocação de 6.112 mesários que vão trabalhar no processo eleitoral em três cidades da região.

O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) já chamou 2.052 mesários que vão atuar em Americana, 2.260 que irão trabalhar em Sumaré e 1,8 mil em Hortolândia para o primeiro turno, que será no dia 2 de outubro.

Os funcionários públicos e colaboradores da iniciativa privada convocados têm direito a dois dias de folga para cada dia trabalhado ou de treinamento. A Justiça Eleitoral vai disponibilizar treinamento através do aplicativo chamado “Mesários”.

Ao todo, o TRE-SP convocou 400 mil mesários no Estado de São Paulo. Eles receberão um auxílio-alimentação de R$ 45 por turno de votação. O trabalho é obrigatório, mas a convocação pode ser contestada, em até cinco dias, após o recebimento.

Segundo o TRE-SP, a dispensa só ocorre em casos excepcionais, após análise do juiz eleitoral. Os eleitores acima de 18 anos, com situação eleitoral regular, podem se voluntariar. Como é o caso de Cleber Moraes, de 41 anos, concursado da Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste. Ele trabalha há pelo menos 14 anos nas eleições. Começou em Santa Bárbara d’Oeste após ter sido convocado e depois se voluntariou no Cartório Eleitoral de Americana, onde foi presidente de uma escola de menor porte, com três sessões eleitorais.

Essa experiência fez com que ele fosse transferido para um colégio de maior abrangência. Cleber atualmente é coordenador da sessão eleitoral da escola “Maura Arruda Guidolin”, no bairro Campo Limpo, em Americana, com dez sessões eleitorais.

“Eles não me convocam, mas ligam perguntando se posso continuar. É bem voluntário. Eu, particularmente, entrei porque gosto muito de todo o processo eleitoral em si. Gosto muito de participar e de trabalhar com pessoas. A gente que é coordenador, exerce a função de gerenciar o processo dentro da escola. Dentro das seções eleitorais, o presidente é a autoridade máxima, e minha função é dar o suporte a ele. Às vezes, pode acontecer problema com as urnas. Às vezes, acontece problemas com “boca de urna” na parte externa da escola ou até interna. É meu papel conversar com as pessoas envolvidas e, caso não ocorra uma solução, eu posso acionar a Polícia Militar. Normalmente, já fica um guarda municipal na escola”, detalha.

Cléber explica que seu trabalho também compreende fiscalizar o trabalho dos fiscais dos partidos políticos, verificando se eles estão cumprindo suas funções corretamente.

“Dá um pouco mais de trabalho na hora de encerrar a sessão. A escola fecha às 17h, só que cada sessão pode ter uma variação nos horários das urnas. Então todas as urnas precisam estar no horário certo de encerrar. Começam às 8h e precisam encerrar, exatamente, às 17h”, comenta.

De acordo com o coordenador, as mídias de cada uma das máquinas são recolhidas após o término das votações, assim como os boletins de urnas, boletins de justificativa e também a ata da sessão.

Cleber é o responsável por levar todo o material ao Cartório Eleitoral, onde realiza uma série de conferências e, assim, dá início às apurações dos resultados das eleições.

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