sexta-feira, 22 novembro 2024

Unicamp prorroga até 30 de abril suspensão de suas atividades

A reitoria da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) decidiu prorrogar até o dia 30 de abril todas as atividades de suas unidades de ensino e pesquisa, centros, núcleos e órgãos. Seguem funcionando apenas os serviços absolutamente essenciais (como os da área médica). 

A suspensão tinha sido definida ainda no dia 13 de março, com previsão de retomada das atividades no dia 12 de abril. Mas como a pandemia do coronavírus se agravou e o governo paulista decretou o estado de calamidade pública, o reitor Marcelo Knobel decidiu ampliar a validade da resolução. 

São mantidas as atividades do Hospital de Clínicas e do Centro de Engenharia Biomédica, assim como todas as atividades de  suporte (limpeza, vigilância, alimentação). 

Também funcionam os setores administrativos do campus, suportes de TI e áreas onde são operados equipamentos que não podem, ser desligados e exigem cuidados técnicos especiais (como biotérios e estufas). 

Todos os servidores devem permanecer em quarentena ou trabalhando em home office. Mesmo as atividades essenciais devem ser executadas em regime de contingenciamento ou rodízio, conforme planejamento específico de cada setor. 

BOLSAS SERÃO CORTADAS 

Os novos critérios estabelecidos pela Capes para a distribuição de bolsas de pós-graduação no Brasil vão cortar benefícios mesmo de universidades e cursos considerados de excelência no país. 

É o que dizem os programas que já conseguiram fazer as contas a partir das novas regras divulgadas nesta semana pelo órgão subordinado ao MEC (Ministério da Educação) 

Na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que, segundo o Ranking Universitário Folha (RUF), divide com a USP (Universidade de São Paulo) o topo do ranking das melhores universidades do Brasil, o programa de engenharia elétrica será o mais afetado. 

O curso, que tem nota 6 em uma escala que vai até 7 no conceito da própria Capes, terá 40 bolsas a menos: 21 no doutorado e 19 no mestrado. 

Os dados constam em ofício, ao qual a reportagem teve acesso, encaminhado pela Unicamp ao MEC. Assinado pelo reitor Marcelo Knobel e pela pró-reitora de pós-graduação, Nancy Garcia, ele foi enviado ao ministro da educação, Abraham Weintraub, e ao presidente da Capes, Benedito Guimarães Aguiar Neto. No documento, a universidade pede a revogação das medidas. 

A Universidade Federal de Santa Catarina, que segundo o RUF é a sétima melhor do país, deve perder 572 bolsas, segundo cálculos da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Desse total, 192 são de cursos de excelência, com notas 6 e 7. 

“É uma tristeza. Enquanto o coronavírus está matando pessoas, o governo Bolsonaro está matando a ciência brasileira. Até o Trump pediu que as universidades pesquisem mais, mas no Brasil há essa esquizofrenia de tentar separar política, ciência e economia, o que é a prova da barbárie que vivemos”, disse a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Cristiane Derani. 

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