O HPV (papilomavírus humano) é responsável pela infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo. Segundo a medicina, ele está associado ao desenvolvimento de quase todos os tipos de cânceres de colo do útero, bem como a diversos outros tumores em homens e mulheres.
“É uma doença viral a sigla mesmo fala, é o Human Papilovírus, que atinge o ser humano e por ser um vírus ele tem uma contaminação muito prevalente, muito rápido, então nós precisamos ter essa consciência e fazer essa orientação para a prevenção desse vírus”, enfatiza a ginecologista, Dra. Mariel Guzzo Toloi.
O vírus atinge tanto meninas quanto meninos, homens e mulheres. “O HPV não tem preferência, ele pode acometer tanto homens quanto mulheres, na fase adolescente e adulta, mas nós temos a vacina no SUS, dedicada especialmente, às crianças de 9 anos de idades até os adolescentes de 14 anos, isso está no SUS há mais de 10 anos e precisa ser valorizado e aplicado, para que não haja mais contágios e sim prevenção”, complementa a especialista.
É importante considerar que este vírus se dá pelo contato, portanto, o uso de preservativo deve estar presente desde o início da troca de carícias, já nos primeiros toques, e somente assim o preservativo terá a eficácia.
“A transmissão do vírus acontece via contato, tanto pode ser através do contato manual, na relação propriamente dita (com penetração), essa doença acomete tanto pele quanto mucosa, então ela pode afetar a parte externa da genitália masculina, quanto a feminina, na região do períneo, na pele envolta do pênis, em vagina, também na região orofaringe que são a boca, as cordas vocais, através do sexo oral e anal, atingindo a mucosa da garganta e do reto”, esclareceu a ginecologista.
A vacina está disponível no SUS há mais de 10 anos, mas ainda há quem se previna somente de receios, preconceitos e pudores, ao invés da prevenção da saúde. Em Americana, um levantamento das vacinas aplicadas no município, a coordenadoria da Vigilância Epidemiológica informa que duas mil e quinhentas crianças e adolescentes concluíram o esquema de duas doses da vacina, mas o receio dos familiares, por preconceitos, ainda prevalece.
“Na verdade, a gente ainda encontra muita resistência da família, mais do que dos jovens, e justamente por ser uma vacina que vai imunizar contra uma DST (Doença Sexualmente Transmissível), então alguns adolescentes buscam por vontade própria, porque os pais têm receio. A gente busca sempre orientar as famílias sobre a importância dessa vacinação precoce, e o porquê é justamente por percebemos que a vida sexual tem começado cada vez mais cedo e já foi comprovado cientificamente que quanto mais cedo vacinado, mais robusta será a imunização, destacou Carla Brito, coordenadora de Vigilância Epidemiológica.
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