O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) absolveu o vereador de Paulínia Ademilson Jeferson Paes (Cidadania), o Tiguila, no processo em que era acusado de participar de um suposto esquema de vendas irregular de casas do Residencial Pazetti, no bairro Saltinho.
O MP (Ministério Público) poderia recorrer da decisão o que não ocorreu. O MP denunciou Tiguila, em 2019, e o TJ chegou a decretar a prisão do parlamentar, com as acusações de vendas ilegais de casas populares no mês de fevereiro de 2015.
Na decisão, o juiz absolve sumariamente o parlamentar e afirma que “não há indícios que soubesse do engano”, pois “nos depoimentos das vítimas não ficou claro que tais pessoas sabiam do intento do ânimo enganoso e criminoso do empreendimento”.
“Tais esclarecimentos são importantes para desabonrar criminalmente, de plano, municípes que foram enganados e que chegaram a participar do angariamento de compradores dos imóveis populares”, decidiu o magistrado.
Tiguila sempre se declarou inocente e dizia que era vítima de um ‘esquema político maldoso’. Através de nota, o vereador comentou a decisão. “A verdade prevaleceu. Primeiramente, gostaria de agradecer a toda população que durante todos esses anos ficou ao meu lado e acreditou. Desde o início, sempre enfatizei que o processo era político”, declarou.
Ele ainda cita que o ‘sistema do Poder’ criou ‘mecanismos para tentar incriminá-lo’ e foi tudo ‘armação’.
Segundo Tiguila, a estelionatária disse que foi coagida. “Termina um sofrimento imensurável que passei durante quase nova anos (…) A própria criadora deste golpe terrível na cidade afirmou em defesa que foi coagida e ameaçada a colocar meu nome e do meu irmão no crime”, complementa.