quarta-feira, 8 maio 2024

Queijo é um vício?

No Brasil a cultura queijeira está em sua primeira grande onda 

Alex Andrade é curador de queijos, jurado em concursos de queijos artesanais brasileiros e idealizador de uma plataforma de e-commerce especializada em produtos artesanais nacionais (Foto: Divulgação)

Creio que trazer um termo assim para o assunto pode dar um tom perigoso, pesado e muito distante de algo que, para mim, é um reflexo da rica cultura brasileira. Fato é que o amor que eu e muitas pessoas temos pelos queijos é benéfico, mas um tema ainda pouco difundido.

Hoje, no Brasil, a cultura queijeira está em sua primeira grande onda. Implícito a isso, vem a educação de todos os envolvidos nos processos dos queijos, seja de forma direta ou indiretamente: desde o produtor, passando por todas as etapas até o consumidor final, que tem o direito de entender, de fato, o que é um queijo artesanal e suas propriedades.

Historicamente, possuímos pouquíssimo conhecimento acerca da genuína produção nacional. Por essa e tantas outras razões sociais, é frequente que, para nós, brasileiros, os queijos sejam reduzidos a dois grandes grupos: os europeus, importados e inseridos, em sua totalidade, nas grandes redes de varejo e até na alta gastronomia, e também os queijos classificados por “tipos”, produzidos em larga escala, a partir de receitas industriais com técnicas europeias. Como o famoso parmesão, que teoricamente, seria oriundo de Parma, na Itália, ou o brie, com seu mérito originário da França, mas que, na prática, são apenas produtos industriais.

Mas, muita coisa vem mudando desde 2017. Com o grande destaque conquistado em premiações internacionais do segmento, os queijos de origem brasileira foram projetados para o mundo, o que ajudou o Brasil a ser incluído no comércio mundial do setor queijeiro.

O queijo Canastra, por exemplo, produzido exclusivamente na Serra da Canastra (MG), já foi eleito mais de oito vezes no concurso “Mondial du Fromage et des Produits Laitiers”, realizado na França, como o melhor queijo do mundo.

Nesta mesma premiação, em 2019, a nossa produção legitimamente nacional trouxe para casa quase 50 medalhas, entre as posições Super Ouro, Ouro, Prata e Bronze, numa competição com mais de 950 representantes de diversos países.

E para onde estamos caminhando, com nossa cultura, reconhecimento e comércio? Bem, será um prazer compartilhar tudo isso com vocês em nossos “papos”, aqui na coluna Raízes Brasileiras.

Para mais informações e conteúdos da coluna Raízes Brasileiras, de Alex Andrade, acesse o link: https://youtu.be/BctEPv-7AkU

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