sexta-feira, 5 dezembro 2025
EVENTO GRATUITO

Espetáculo ‘Cem Histórias Sem Palavras’ leva circo, poesia e inclusão ao Sesc Campinas

Inspirado na arte de Buster Keaton e Charles Chaplin, o espetáculo é uma comédia em dupla, sem falas, criada desde o início para ser totalmente acessível a surdos e ouvintes
Por
Diego Rodrigues

A arte circense entrega cultura, entretenimento e ainda tem a nobre capacidade de acolher e incluir. A Damião e Cia, de Campinas, apresenta o espetáculo Cem Histórias Sem Palavras no sábado (6), às 15h, no Espaço Arena do Sesc Campinas. A sessão é gratuita e conta com intérprete de Libras.

Da acessibilidade ao cinema mudo
Dirigida por Cláudio Saltini, fundador da companhia paulistana Circo de Bonecos, a produção traz à cena a dupla Lara Prado, como a palhaça Brigite Margô, e Rodrigo Nasser, que interpreta o palhaço Godrigo Chulé.

Segundo Rodrigo Nasser, quando o grupo passou a incluir intérprete de Libras nas apresentações, um público surdo começou a frequentar os espetáculos e, ao final, buscava registrar o encontro com os artistas. A partir dessa experiência, a companhia decidiu aprender Libras para aprimorar a comunicação com essas pessoas.

“Neste processo de aprender Libras surgiu o espetáculo Cem Histórias Sem Palavras, que tem tudo a ver com a obra do cinema mudo”, explica o ator.

O encanto da montagem está na simplicidade do encontro entre Brigite Margô e Godrigo Chulé. Foto: divulgação

Comédia acessível para todos
Inspirado na arte de Buster Keaton e Charles Chaplin, o espetáculo é uma comédia em dupla, sem falas, criada desde o início para ser totalmente acessível a surdos e ouvintes.

O encanto da montagem está na simplicidade do encontro entre Brigite Margô e Godrigo Chulé. O intérprete de Chulé comenta o processo de pesquisa e construção do repertório.

Trajetória e essência da Cia Damião
A Cia Damião é um grupo de teatro e circo criado em 2012 por artistas formados em Artes Cênicas pela Unicamp.

As obras da companhia são pensadas para diversos espaços e têm como foco a comunicação baseada na diversidade, ampliando o universo simbólico, provocando novas percepções e possibilitando a troca de experiências.

Com sutileza em cada gesto, o espetáculo destaca a poesia do cotidiano e a delicadeza presente nos encontros. “É um trabalho muito local que a gente faz, muito olho no olho, identificando cada pessoa, ouvindo o público. Trabalhamos muito com crianças e as famílias das crianças; tentamos fazer com que seja um acontecimento familiar, de modo que todo mundo possa rir junto e discutir aquilo depois”, afirma o artista.

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