quarta-feira, 5 fevereiro 2025

Mostra de Cecília Akemi reúne 39 anos de pesquisa

Artista sempre organizou exposições dando atenção para os seus alunos, com quem expunha lado a lado 

Seus trabalhos exploram o tridimensional (Foto: Divulgação)

A artista visual Cecilia Akemi realiza sua primeira exposição individual, ‘Memória Corroída’, neste sábado, dia 21 de maio, no espaço Subsolo – Laboratório de Arte, sob curadoria de Andrés I. M. Hernández. A mostra é uma leitura dos seus 39 anos de pesquisa artística tendo a cerâmica como eixo central. A partir das 12h, a artista receberá o público na Rua Proença, 1000, em Campinas. A entrada é gratuita. 

‘Memória Corroída’ é formada por um conjunto de séries com denominações como ‘Vazios’, ‘Inventário’, ‘Vazios Esféricos’ e ‘Rendilhados’. Esta última, criada em 2018, surgiu de uma visita ao Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas (CMU), por intermédio da pesquisadora do Centro, Maria Alice Rosa Ribeiro. O CMU abriga inventários, testamentos e processos judiciais do Fórum da Comarca de Campinas e Jundiaí do século XVIII, XIX e metade do XX, que tratam em geral das propriedades de fazendas de café e engenhos de cana- -de-açúcar.

A visão dos “rendilhados”, como são chamados os arquivos, foi uma surpresa para a artista. “Fiquei impactada com a imagem daqueles documentos corroídos por brocas, traças e fungos, tanto por pensar que a partir dela eu iria entrar em um processo criativo que me proporcionaria uma nova obra, como em testemunhar o que se perdeu de memória histórica”, destacou.

A artista sempre organizou exposições dando atenção para os alunos, com quem expunha lado a lado, e pensando no coletivo. “Mas, agora, senti que era o momento certo para minha exposição individual, principalmente em razão da pandemia, já que não podia reunir os alunos no ateliê. Assim, me ocupei de olhar para as minhas obras e realizar projetos pensados e guardados”, finalizou Akemi.

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