terça-feira, 26 novembro 2024

Acusado de ‘sequestro’ da garota Emily ficará preso até julgamento

A Justiça converteu a prisão temporária de Paulo César da Silva Santos, 27, em prisão preventiva, ou seja, ele ficará preso até o julgamento do caso do suposto sequestro, cárcere privado e abuso sexual da menina Emily Bello Soares da Silva, 11. As investigações já foram concluídas e o caso já foi relatado à Justiça. Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou ao TODODIA que o caso foi investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Santa Bárbara d’Oeste, cidade onde reside a vítima. 

“Após a localização do local do cativeiro por policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, no dia 10/07, o autor, de  27 anos, se apresentou na unidade e foi preso temporariamente. Posteriormente, a prisão foi convertida em preventiva e o inquérito foi relatado à Justiça”, informa a SSP. 

NA DELEGACIA | O acusado do sequestro, Paulo César da Silva Santos, que foi preso
(Foto: Ernesto Rodrigues | TodoDia Imagem)

A menina desapareceu de casa, no Jardim Europa, no dia 5 de julho, após subir na moto do acusado, com quem conversava pelas redes sociais. Diante da repercussão nacional do desaparecimento, ela foi solta pelo autor na quinta-feira (9), e seguiu até um posto de combustível, na Praia Azul, em Americana, onde foi reconhecida e acionada a polícia. 

Após ser submetida a exames para comprovar o suposto estupro, a menina prestou depoimento e ajudou a localizar o cativeiro no dia 10 de julho, em um condomínio na região do Maria Antonia, em Sumaré. Neste dia também foi identificado o autor do suposto sequestro. 

No dia 13 de julho, o acusado se entregou com três advogados na DIG, que ajudou nas investigações. No mesmo dia foi emitida a prisão temporária por 30 dias do acusado. Posteriormente, a temporária foi convertida em preventiva. O acusado foi preso na Cadeia Pública de Monte Mor. 

FAMÍLIA 

A família tenta se reerguer depois do ocorrido. “Não conseguimos aceitar o que aconteceu. É muito difícil principalmente para ela e para nós”, admite a mãe da menina, Tielli Bello. “Estou à espera de justiça”, disse Tielli. O acusado já havia dito por meio dos seus advogados que não sabia que a menina tinha 11 anos e que ela havia usado um perfil fake nas redes de relacionamento, dizendo que era maior. Ele negou que tenha mantido a menina em cárcere privado. 

O advogado do acusado, Marcelo Rosa Maia, informou que seu cliente estava com “pensamentos suicidas” e que a família dele se dispunha a pagar o tratamento psicológico da menina, que já é acompanhada por profissional.   

Na tarde desta quarta-feira, um dos advogados do indiciado, Marco Antonio dos Santos, disse que pretende entrar com pedido de liberdade do seu cliente, uma vez que a prisão temporária de 30 dias expira no próximo dia 13. “O pedido de relaxamento (da prisão) é necessário e é o que a defesa tem buscado”, alegou Santos. “Há presunção de inocência de todo cidadão brasileiro, o que está disposto no artigo 5º da Constituição Federal”, comentou. 

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