A polícia pode indiciar o dono do posto de combustíveis Iacanga, localizado no Jardim Mollon, em Americana, autuado no final de junho por fraude em uma das bombas. A bomba em questão contava 1,6 litro a mais que eram cobrados, mas não eram abastecidos, conforme constatado durante fiscalização da Operação Frustrari, dia 25 de junho.
As placas computadoras da bomba foram apreendidas e passarão por perícia do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas), que participou da operação, chefiada pelo delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), José Donizetti de Melo.
“Estamos esperando os resultados das perícias para ouvir o representante do posto. Se forem constatadas fraudes ele será indiciado por fraude e adulteração de combustível”, explicou o delegado.
No dia da operação, a polícia não localizou o proprietário do Posto Iacanga e a bomba em questão foi lacrada. Na ocasião, o delegado informou que confirmada a fraude, o posto pode ter a licença de operação cassada e ser multado em R$ 1,5 milhão. Segundo Donizetti, as investigações continuam.
O diretor regional do Ipem de Piracicaba, responsável pela região, Josias Barbosa, que participou da ação, disse que os resultados da perícia devem demorar a sair. “Está tudo parado por conta da pandemia. Eu mesmo aguardo resultado de perícia do ano passado que ainda não saiu”, contou ao TodoDia.
Barbosa detalhou que mesmo se constatada a fraude, o dono do posto pode recorrer. A reportagem tentou localizar o dono do Posto Iacanga, mas não conseguiu. Nas vezes em que ligou para o estabelecimento, funcionários disseram não estarem autorizados a falar sobre o assunto ou a passar o contato do proprietário.
“É importante frisar, o Ipem não lacra postos de combustível. Lacramos uma bomba deste posto e foi a única dentre os quatro postos autuados”.
Outros três postos foram autuados, por não estarem de acordo com o CDC (Código de Defesa do Consumidor), mas sem irregularidades semelhantes à constatada.
De acordo com o diretor do Ipem, o Posto Iacanga foi fiscalizado durante operação semelhante no meio do ano passado e não foi encontrada a irregularidade constatada em uma das bombas desta vez. Ou seja, se constatada a fraude, ela aconteceu há menos de um ano.
Foram fiscalizados seis postos de Americana na operação ocorrida no dia 25. Ainda participaram da ação o Procon de Americana, que encaminhará os autos de infração ao Procon Estadual, e a Gama (Guarda Municipal de Americana).
