A 2ª Vara Judicial de Hortolândia determinou na última semana que o motorista Roney Carlos da Mota Neves seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri por ter provocado duas mortes e um aborto em um acidente de trânsito na Estrada Municipal Carlos Roberto Prata, em maio de 2017. A defesa vai recorrer da decisão.
Segundo a denúncia, ele estaria bêbado e dirigindo na contramão quando atingiu outro carro. Nele estavam Luzia Rosa da Silva Mendonça, de 40 anos, que estava grávida há oito meses, e seu filho Samuel da Silva Mendonça, de 10 anos, que morreram.
Neves vai responder por duas acusações de homicídio “por dolo eventual”, e por lesões corporais, causadas a outras três pessoas envolvidas na colisão.
A acusação sustenta que, após o acidente, o motorista teria se recusado a fazer o teste do bafômetro e o exame de sangue. Um médico, no entanto, atestou o estado de embriaguez.
Em interrogatório, no entanto, Roney afirmou que concordou em se submeter aos testes, mas foi impedido por policiais.
A defesa dele pediu a absolvição ou a desclassificação do caso para os crimes de homicídio e lesão corporal culposos. Para o juiz André Forato Anhe, no entanto, cabe ao júri decidir.
O advogado Antonio Godoy Maruca – responsável pela defesa – disse que vai contestar a decisão no Tribunal de Justiça do Estado.
Por Walter Duarte